Grupo de especialistas afirma que o indivíduo foi vítima de um ritual de sacrifício da cultura maia
Redação Publicado em 22/08/2023, às 14h53 - Atualizado às 16h43
Durante as escavações realizadas no estado mexicano de Campeche, nas proximidades do Rio Candelaria, na cidade maia de El Tigre, uma descoberta arqueológica surpreendente veio à tona: os restos esqueléticos de um jovem maia sacrificado há aproximadamente 1,2 mil anos, encontrados dentro de um vaso, acompanhados por um elegante anel de jade.
O Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) revelou, por meio de um comunicado datado de 14 de agosto, que essa importante descoberta foi uma parte essencial de um projeto mais amplo de pesquisa e conservação de monumentos pré-colombianos na área que abrange o polêmico projeto ferroviário do Trem Maia.
Esse projeto, que atravessa o território da península de Yucatán no México, tem sido objeto de críticas devido às suas implicações ambientais. As escavações trouxeram à luz dois grandes recipientes, cobertos por tigelas cerâmicas que funcionavam como tampas.
Um dos recipientes chamou a atenção dos arqueólogos, pois continha os restos do jovem maia. O esqueleto foi encontrado na posição dobrada e acompanhado por um notável anel de jade, que possuía um papel distintivo e significativo nesse contexto, segundo a Galileu.
O diretor-geral do INAH, Diego Prieto Hernández, compartilhou a descoberta durante uma conferência onde o Presidente do México, Andrés Manuel López, estava presente. Prieto Hernández esclareceu que o esqueleto fazia parte de um ritual funerário e que essas descobertas foram desenterradas na Estrutura 1 da Zona Arqueológica de El Tigre.
De acordo com especialistas, considerando as características da descoberta, acredita-se que o jovem foi sepultado durante o período clássico tardio, por volta de 600-800 d.C., um momento de destaque populacional e político para El Tigre. Os estudos detalhados dos restos mortais serão realizados em laboratório, onde uma microescavação pode fornecer mais informações sobre possíveis elementos associados ao esqueleto.
A jade, como apontado pelo Ancient Origins, detinha profundo significado cultural e simbólico para as elites das famílias maias, astecas e olmecas. A pedra preciosa presente no anel era frequentemente associada ao Sol, ao vento, à vida e à morte, possuindo não apenas importância espiritual, mas também valor comercial e como tributo valioso.
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