EUA: Após quedas na temperatura, crocodilos ficam congelados em lago

Na última semana, os estados norte-americanos da Carolina do Norte e do Texas vêm enfrentando uma queda abrupta em suas temperaturas, chegando a temperaturas de até -8 ºC. Nesse ambiente, um novo cenário espetacular se forma em regiões de lagos nesses locais: águas congeladas com crocodilos presos em seu interior, apenas com os focinhos para fora.

Vários desses répteis foram encontrados congelados em "cubos de gelo gigantes" no Swamp Park, uma atração turística e santuário de jacarés perto de Ocean Isle Beach, na Carolina do Norte. Já em Beaumont, Texas, um outro crocodilo foi visto suspenso em um lago congelado no centro de resgate Gator Country.

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Essas imagens chamaram atenção nos últimos dias, principalmente após a viralização na internet de cenas de crocodilos congelados com os focinhos emersos do gelo. Desde então, muita gente se questiona se os animais não teriam morrido devido ao intenso frio, mas a verdade é que eles não deixam de realizar apenas um processo natural.

As pessoas ficam perguntando como estão os filhotes do pântano — fico feliz em informar que eles estão congelados", diz um representante do Swamp Park, no sul da Carolina do Norte, em um vídeo no Facebook.

Brumação

Segundo o Live Science, com uma queda tão grande nas temperaturas que chegam a congelar lagos em que vivem crocodilos, estes animais ainda conseguem sobreviver entrando em um estado de torpor chamado brumação. De maneira mais simples, é como se fosse a hibernação dos mamíferos, em répteis, de sangue frio — porém com algumas diferenças.

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Com o congelamento da água, os crocodilos "instintivamente inclinam o nariz para cima", segundo o representante do Swamp Park, Gary Saurage, em vídeo, para que essa parte de seus corpos fique emersa e eles não sufoquem. Então, o metabolismo destes animais desacelera e seus corpos letárgicos, suspensos na água e com os olhos fechados.

Um fator que difere a brumação da hibernação é que, neste processo, os répteis não caem em sono profundo. Em vez disso, eles mantêm alguma atividade mínima, e seus corações podem desacelerar para até 3 batimentos por minuto. "É assim que os crocodilos sobrevivem no gelo", conclui Saurage no vídeo.