Escavação em Pompeia revela restos de homem e mulher com tesouro

Arqueólogos descobriram um tesouro composto por moedas de ouro, prata e bronze, além de joias como brincos de ouro e pérolas, em um edifício localizado na Regio 9, uma área central de Pompeia, revela artigo publicado pelo E-Journal.

A descoberta ocorreu em um pequeno cômodo usado como quarto provisório durante obras de remodelação da propriedade, onde um homem e uma mulher buscaram refúgio durante a devastadora erupção do Vesúvio.

O cubículo, devido à janela fechada, permaneceu livre das pedras-pomes que inundaram a sala adjacente, bloqueando qualquer possibilidade de fuga para as vítimas, repercute a agência ANSA. Estudos indicam que ambos ficaram presos no espaço estreito e sucumbiram aos fluxos piroclásticos que invadiram o local.

As cinzas preservaram pegadas que permitiram aos pesquisadores reconstruir o mobiliário e identificar sua disposição exata no momento da erupção. Entre os itens encontrados estão uma cama, uma arca, um candelabro de bronze e uma mesa com tampo de mármore, além de móveis de bronze, vidro e cerâmica ainda em seus lugares originais.

Perto da cama, a mulher guardava um pequeno tesouro. Esse espaço fica localizado atrás do já documentado "quarto azul", conhecido por suas representações de figuras femininas nas paredes pintadas de cerúleo. Este quarto foi inicialmente descoberto durante o período Bourbon (1813-1840), mas recentemente escavado e revelado ao público em 27 de maio.

A vida em Pompeia

A descoberta não apenas lança luz sobre os trágicos eventos do dia da erupção, mas também oferece um vislumbre da vida cotidiana dos antigos habitantes de Pompeia. A preservação dos objetos sugere que o casal possuía certo nível de riqueza e buscava proteger seus bens mais valiosos durante o desastre.

A localização central do edifício na Regio 9 indica sua importância na estrutura urbana da antiga cidade romana. A descoberta contínua de artefatos em Pompeia continua a enriquecer nosso entendimento sobre a vida no Império Romano e os eventos catastróficos que levaram à destruição da cidade. 

"A oportunidade de analisar os valiosos dados antropológicos relativos às duas vítimas encontradas no contexto arqueológico que marcou o seu trágico fim permite-nos recuperar uma quantidade considerável de dados sobre a vida cotidiana dos antigos pompeianos e sobre as pequenas histórias de alguns deles", disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do parque arqueólogo.