Imagem ilustrativa da Muralha da China - Foto de Peggy_Marco, via Pixabay
China

Cientistas descobrem que Muralha da China tem ‘pele viva’ que mantém preservação

Uma das Sete Maravilhas do Mundo é ‘segurada’ por uma biocrosta, algo como uma ‘pele viva’, composta por muitos organismos; entenda!

Redação Publicado em 11/12/2023, às 09h54 - Atualizado em 14/12/2023, às 13h35

Um estudo recente revelou que a Grande Muralha da China, uma das Sete Maravilhas do Mundo pela Unesco, tem sua durabilidade garantida por uma "pele viva" composta por bactérias, musgos, líquens e outros organismos.

A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade Agrícola da China, destaca o papel crucial dessa camada biológica na preservação de partes da estrutura que resistem há mais de dois milênios.

Publicado na revista Science Advances no último dia 8, o estudo analisou a biocrosta que cobre aproximadamente 67% das seções da muralha. Essa "pele viva" atua como uma barreira protetora contra ventos, chuvas e outras forças corrosivas, contribuindo para a estabilidade mecânica e resistência à erosão da Grande Muralha.

Os pesquisadores, liderados pelo cientista Bo Xiao, conseguiram coletar amostras de oito seções distintas cobertas por biocrostas e as compararam com áreas não cobertas. Descobriram que as partes protegidas pela "pele viva" eram menos porosas e mais resistentes, exibindo características físicas superiores.

Biocrosta que protege a Muralha da China - Crédito: Bo Xiao

 

Em comparação com a taipa nua, as seções cobertas por biocrosta exibiram porosidade, capacidade de retenção de água, erodibilidade e salinidade reduzidas em 2 a 48%, enquanto aumentavam a resistência à compressão, a resistência à penetração, a resistência ao cisalhamento e a estabilidade em 37 a 321%", informaram os pesquisadores.

Antigas tecnologias

Os construtores da muralha, erguida durante a Dinastia Ming (1368 a.C. a 1644 a.C.), demonstraram notável sabedoria na escolha dos materiais para aumentar a estabilidade estrutural. Utilizando terra socada construída com argila, areia e outros materiais como cal, criaram um solo propício ao desenvolvimento das biocrostas, conforme a Galileu.

A análise das amostras revelou que as biocrostas coletadas eram três vezes mais fortes do que as amostras de terra socada comum, com destaque para aquelas que continham musgo. Cianobactérias e outros organismos presentes na "pele viva" secretam substâncias, como polímeros, que fortalecem a união com as partículas de terra socada, proporcionando uma espécie de cimento natural que contribui para a resistência estrutural.

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