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Brasileiros que têm ansiedade são os que passam mais tempo nas redes sociais

Relatório revela que 43,5% dos brasileiros que passam mais de 3 horas diárias nas redes sociais foram diagnosticados com ansiedade

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 13/06/2024, às 17h37

Dos 36,9% dos brasileiros que passam 3 horas ou mais por dia nas redes sociais, 43,5% foram diagnosticados com ansiedade. Esse dado é revelado pelo relatório “Panorama da Saúde Mental”, elaborado pelo Instituto Cactus e AtlasIntel, divulgado nesta quinta-feira, 13.

O estudo acompanhou de maneira sistemática e abrangente a saúde mental dos brasileiros, entrevistando 3.266 pessoas entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Os participantes, com mais de 16 anos, representam as cinco regiões do país, sendo 51,2% mulheres e 90% cisgênero. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

O Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM), que mede a saúde mental numa escala de 0 a 1000, foi utilizado para traduzir os resultados. Pontuações mais altas no ICASM indicam maiores níveis de confiança, vitalidade e foco.

Quando questionados sobre o uso de redes sociais (Instagram, Facebook, TikTok, Twitter/X, Snapchat, YouTube, LinkedIn, WhatsApp, entre outras) nas últimas semanas, os resultados foram:

O ICASM revelou que os extremos de uso apresentaram as menores pontuações de saúde mental: os que usaram redes sociais por 3 horas ou mais por dia marcaram 610, enquanto aqueles que usaram poucas vezes ou nenhuma vez pontuaram 576. Usuários que utilizaram redes sociais menos de 1 hora por dia e entre 1 e 3 horas por dia tiveram pontuações de 672 e 665, respectivamente.

Entre os diagnosticados com ansiedade por um profissional de psiquiatria:

Redes sociais e saúe mental

Os autores do estudo observam que o uso das redes sociais pode ter efeitos negativos na saúde mental. Estudos associam o uso excessivo a problemas de autoimagem, menor interação social presencial, maior exposição ao cyberbullying, alterações no sistema de recompensa dopaminérgico e medo de não estar atualizado.

Além disso, o uso excessivo das redes está ligado ao aumento da prevalência de depressão e ansiedade. Segundo a CNN, um estudo da Universidade de York, no Reino Unido, mostrou que mulheres que fazem uma pausa nas redes sociais apresentam melhora significativa na autoestima e na imagem corporal.

Outra pesquisa da University College London (UCL) revelou que adolescentes viciados em internet sofrem alterações cerebrais que podem levar a mudanças de comportamento e aumento das tendências de dependência, caracterizada pela incapacidade de resistir ao impulso de usar a internet, afetando negativamente o bem-estar psicológico e a vida social, acadêmica e profissional.


*Sob supervisão;

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