Pombos sobrevoam a cidade de Nova York, nos Estados Unidos - Getty Images
Estados Unidos

Bilhões de pássaros morrem por ano em colisões com prédios dos EUA, indica estudo

Colisões com edifícios são uma ameaça significativa, especialmente para aves migratórias que são atraídas por luzes urbanas durante suas rotas sazonais

Luiza Lopes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 08/08/2024, às 10h20

Um novo estudo dos Estados Unidos revelou que a maioria dos pássaros que colidem com edifícios não sobrevive, o que pode aumentar as estimativas de mortes por volta de 1 bilhão por ano.

Colisões com edifícios são uma ameaça significativa, especialmente para aves migratórias que são atraídas por luzes urbanas durante suas rotas sazonais, e as taxas de mortalidade atuais não consideram aquelas que morrem após o incidente.

Publicado na PLOS One na última quarta-feira, 7, o estudo analisou mais de 3.100 colisões entre 2016 e 2021 no nordeste dos EUA, envolvendo 152 espécies. Cerca de 60% das aves levadas para reabilitação morreram devido aos ferimentos ou eutanásia. Os pesquisadores alertam que a mortalidade na natureza pode ser ainda maior.

Trauma craniano

Entre as espécies mais afetadas estão pombas-das-rochas, sabiás-americanos, cardeais-do-norte, gaviões-de-cooper e papa-moscas-cinzento. A lesão mais comum é o trauma craniano, e muitas aves que aparentemente estavam saudáveis antes do impacto acabam gravemente feridas ou morrem.

O estudo observou que as colisões são mais frequentes no outono, quando as aves estão migrando, e que a poluição luminosa em cidades e áreas urbanas aumenta significativamente o risco.

Um exemplo extremo disso ocorreu no ano passado, quando quase 1.000 aves morreram em um único dia após colidirem com um edifício em Chicago durante a migração.

Em resposta, várias cidades e estados dos EUA estão adotando regulamentações para tornar os edifícios mais seguros para estes animais. Medidas incluem a utilização de janelas coloridas, foscas ou com vitrais, além de designs, decalques, varandas e persianas para reduzir o vidro reflexivo, que as aves não conseguem perceber claramente.

Segundo o Washington Post, a comunidade de construção civil e os biólogos estão testando novas formas de tornar as janelas mais visíveis para as aves, ou de fazer com que pareçam barreiras sólidas que elas não tentariam atravessar.

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