Em 1962, Andy Warhol reuniu 50 fotos de Marilyn Monroe em uma montagem que prometia revolucionar o movimento do pop art
Mariana Ribas e Letícia Yazbek Publicado em 16/05/2021, às 10h00
Mais que um dos principais artistas do início da pós-modernidade, Andy Warhol foi uma das grandes personalidades do século 20. Polêmico, frasista (“no futuro, todo mundo será famoso por 15 minutos”), iconoclasta, Warhol respirava arte, gostava de celebridades e misturava esses elementos com rara felicidade.
Além do seu trabalho nas artes plásticas, o icônico artista fez filmes experimentais com temáticas picantes e ainda promoveu a banda de rock Velvet Underground (lançando Lou Reed e a musa Nico). Ele basicamente apoiava todo tipo de produção cultural.
Mas sua grande arte foi mesmo enchendo as telas com uma crítica aos meios de produção e à cultura de massa dos anos 1960, tornando-se o maior expoente do movimento artístico que ficou conhecido como pop art.
Reproduzia em grande quantidade uma mesma imagem — desde produtos de supermercado até popstars — fazendo refletir sobre o que é arte e o que é produto industrial.
Em 1962, apenas duas semanas após a morte da atriz Marilyn Monroe, Warhol criou a obra 'Marilyn Diptych', dois quadros que devem ser observados juntos.
Com o uso de tinta acrílica, serigrafia e uma foto publicitária de Marilyn — tirada para o filme Niagara, de 1953 —, Warhol dispôs na tela à esquerda 25 imagens em cores, que contrastam com as 25 imagens em preto e branco do lado direito — uma passagem da exuberância da vida para a morte sem cor. 'Marilyn Diptych' foi nomeada, em 2002, a terceira obra mais influente da arte moderna pelo jornal britânico The Guardian.
Confira 5 curiosidades sobre a curiosa tela de Warhol:
A tela da esquerda é marcada pelas cores fortes, que trazem energia à obra. Os olhos da atriz parecem estar em movimento, fechando e abrindo lentamente. Isso representa um movimento natural de um corpo com vida.
A repetição das imagens saturadas causa desconforto e sugere falta de originalidade, uma crítica aos meios de produção em massa. Ainda mais, ao reproduzir a imagem de Marilyn, o artista também evoca a onipresença da atriz na mídia.
Uma das maiores celebridades de todos os tempos, Marilyn Monroe é aqui apresentada como um ser humano em vez de um símbolo sexual. Dessa forma, Warhol nos recorda de que existe uma mulher por trás da imagem midiática.
A técnica de serigrafia aplicada pelo autor da obra torna a foto ainda mais plana. Com a redução das sombras e o aumento do contraste nas imagens, Warhol realça o vazio emocional e a superficialidade idealizada dos artistas da época.
A imagem após a serigrafia simboliza o trágico da vida da atriz: a morte por meio do desaparecimento da imagem. Alguns dizem que essa característica da obra remete à arte religiosa, sendo que a tela à direita representaria Jesus crucificado.
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