Do crime do poço ao incêndio, o edifício é conhecido por ter sido palco de diversos desastres
A tragédia do Edifício Joelma ocorreu no dia 1° de fevereiro de 1974, resultando na morte de 191 pessoas e mais de 300 feridos. O incêndio, que se iniciou no 12° andar do prédio, foi noticiado no Brasil inteiro e até em veículos internacionais. Por coincidência — ou não — o local já foi palco para outras catástrofes, que são relatadas na obra Vozes do Joelma.
Lançado pela Fato Editorial, em 2019, o livro foi escrito por Marcos Debrito, Marcus Barcelos, Rodrigo de Oliveira, Victor Bonini e contém, ainda, a apresentação de Tiago Toy. Do gênero terror, Vozes do Joelma apresenta as histórias que envolvem o local, a partir da visão das vítimas.
Considerado um dos lugares mais mal assombrados do mundo, o Edifício Joelma já foi palco para um brutal assassinato, seguido de suicídio. Na ocasião, Paulo Ferreira de Camargo se matou após assassinar a sangue frio sua mãe Benedita Ferreira de Camargo e suas irmãs, Maria Antonieta e Cordélia. Este relato, mais conhecido como o Crime do Poço, abre o enredo da trama.
No decorrer da obra, é apresentada a história completa do incêndio, que deixou a nação em luto. Além disso, os autores apresentam as vítimas do elevador, que nunca foram identificadas e, por isso, foram nomeadas como as Treze Almas do Joelma.
Engana-se quem acredita que as histórias assombradas do local terminam por aqui. Antes do Crime do Poço e do incêndio, o local era um pelourinho, onde escravos negros eram torturados e posteriormente executados. A má fama do local é tão antiga quanto sua criação, tal fato que originou o nome da região Anhangabaú — que, para povos indígenas, significa morte.
Ao todo, o livro contém quatro contos, cada qual é apresentado por um autor diferente. Já Tiago Toy, aparece na trama como o ser sobrenatural que observa e comenta os eventos paranormais que cercam o local, na mesma medida que entrelaça as histórias de forma emocionante.