Estrelado por Seu Jorge no papel principal, a trama conta a saga do guerrilheiro que lutou contra a ditadura militar no Brasil
Nascido em 1911, na Bahia, Carlos Marighella foi um político, escritor e guerrilheiro brasileiro que lutou arduamente contra o regime militar. Considerado o principal inimigo da ditadura, o militante foi brutalmente assassinado no fatídico 4 de novembro de 1969.
No entanto, seu legado para a história nacional é inestimável, sendo amplamente retratado em livros, músicas e, recentemente, no filme "Marighella", dirigido por Wagner Moura.
Gravado em 2017, a trama conta com grande elenco, como Seu Jorge no papel principal. Após uma longa luta para o filme ser exibido no Brasil, finalmente a produção chegará aos cinemas nacionais.
Pensando nisso, o site Aventuras na História listou 5 curiosidades sobre Marighella que você precisa saber antes de assistir ao filme.
Confira abaixo.
Engana-se quem acredita que Carlos Marighella lutou somente contra o Golpe de 64. Em 1934, o guerrilheiro abandonou o curso de engenharia para ingressar no PCB (Partido Comunista Brasileiro), onde foi responsável por administrar a imprensa e divulgação do partido.
No Rio de Janeiro, Marighella entrou de vez para a politica, tornando-se um grande opositor de Getúlio Vargas. O militante foi preso pela primeira vez após publicar um poema em que criticava a situação política daquele período. Mais tarde, novamente foi preso e torturado outras duas vezes.
Publicado em 1969, o "Minimanual do Guerrilheiro Urbano", de Carlos Marighella, tinha como objetivo orientar militantes comunistas a lutar contra a repressão política. O livro apresentava formas dos movimentos revolucionários combaterem governos autoritários.
Na década de 1980, o manual chegou a ser traduzido pela CIA, nos Estados Unidos. O intuito era tentar compreender formas de reprimir guerrilhas urbanas e movimentos armados que eles julgavam "terroristas".
Considerado o inimigo "número um" do regime militar, Marighella foi um dos principais idealizadores e precursores da ALN (Ação Libertadora Nacional), um movimento armado de esquerda que visava combater a ditadura instaurada a partir do Golpe de 64.
No entanto, o guerrilheiro foi capturado durante uma emboscada orquestrada pelo delegado Sérgio Fleury. Na ocasião, o militante foi brutalmente torturado e assassinado por agentes do DOPS, vindo a óbito aos 57 anos, no fatídico dia 4 de novembro de 1969, em São Paulo.
Ao longo das décadas, o legado do autor do "Minimanual do Guerrilheiro Urbano" foi amplamente lembrado na cultura popular. Seu nome chegou a ser lembrado por grandes artistas, como na canção "Um Comunista", de Caetano Veloso, e "Mil Faces de Um Homem Leal (Marighella)", dos Racionais MC’s.
Gravado em 2017, o filme "Marighella", dirigido por Wagner Moura chegou a ser proibido no Brasil. Contudo, nas últimas semanas, a trama voltou a repercutir, após ser liberada em território nacional. A ilustre produção conta com Seu Jorge no papel do guerrilheiro.
Em 2011, a Sessão de Julgamento da Caravana da Anistia reconheceu anistia post mortem de Marighella. Isto é, o perdão estendido pelo governo, após a morte do militante.
No entanto, somente no ano seguinte, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, oficializou o decreto no Diário Oficial da União. Na época, tal fato foi amplamente repercutido nos noticiários nacionais e até mesmo internacionais.
+Assista ao trailer oficial do filme sobre Marighella: