Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / D. Pedro II

Veja o comovente poema escrito por D. Pedro II após a morte do filho

Último imperador do Brasil, D. Pedro II escreveu poema emocionante após a a morte de seu filho, o pequeno D. Pedro Afonso

por Thiago Lincolins
[email protected]

Publicado em 21/12/2024, às 20h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O imperador D. Pedro II - Domínio Público
O imperador D. Pedro II - Domínio Público

Em junho, o escritor e pesquisador Paulo Rezzuti utilizou sua conta oficial no Instagram para compartilhar uma reflexão tocante sobre um poema do último imperador do Brasil, D. Pedro II. Na ocasião, ele lidava com o óbito do filho, D. Pedro Afonso.

D. Pedro Afonso, que nasceu há 176 anos em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, viveu apenas até a infância, falecendo em janeiro de 1850. Rezzuti, autor da biografia "D. Pedro II - A história não contada: O último imperador do Novo Mundo revelado por cartas e documentos inéditos", destacou a dor enfrentada pela família imperial na expectativa da recuperação de Pedro Afonso, o herdeiro do trono, que teve "um ataque de epilepsia e de febres que vinha sofrendo". Infelizmente, as esperanças se dissiparam com sua morte precoce.

A tragédia ocorreu após o imperador ter deixado a Imperial Fazenda de Santa Cruz, onde a família estava reunida para celebrar o Dia do Fico na corte. Este evento marcou profundamente a história da família real.

Leia o poema abaixo:

"Duas vezes a morte hei sofrido, Pois morre o pai com seu filho morto; Para tamanha dor não há conforto, Dilui-se em pranto o coração partido!

Para que ninguém ouça o meu gemido, Encerro-me na sombra do meu horto, Entregue ao pranto, no sofrer absorto, Querendo ver se vejo o bem perdido!...

Brota a saudade onde a esperança finda; Sinto n’alma ecoar dobres de sino!...

Só a resignação me resta ainda.

Coube-me o mais funesto dos destinos: Vi-me sem Pai, sem Mãe, na infância linda,

E morrem-me os filhos pequeninos."