Antes do símbolo que se tornou icônico, a revista passou por algumas mudanças — inclusive em seu nome
Em 1953, Hugh Herfner e seus associados fundaram a revista Playboy. Conhecida por seu conteúdo direcionado ao público masculino, a magazine se tornou notável por suas páginas principais estamparem fotos de modelos e celebridades em ensaios nus.
Como classifica matéria da BBC, a Playboy foi responsável por uma verdadeira revolução sexual, sendo uma das marcas mais conhecidas do mundo até hoje, apesar da edição física da revista não mais existir, sendo apenas distribuída online.
Segundo Steven Watts em “Mr. Playboy: Hugh Hefner and the American dream”, a revista não só se consagrou por seus ensaios sensuais, mas também por apresentar um conteúdo lifestyle e também por publicações de contos de grandes nomes da literatura, como Arthur C. Clarke, Ian Fleming, Chuck Palahniuk e Margaret Atwood.
Porém, nem sempre a Playboy foi do jeito que conhecemos, passando por mudanças não só em seu nome, mas também em outro ponto característico da publicação: seu logo.
Conforme relata matéria do The Times, de 2010, a revista Playboy só começou graças a um empréstimo dado pela mãe de Hugh Hefner, que disponibilizou cerca de mil dólares para ele e seu associados.
De início, como relembra matéria da BBC, a publicação chamaria “Stag Party” (ou “Festa do Cervo”, em uma tradução mais literal). O nome remete a como os ingleses chamam as famosas despedidas de solteiro.
Entretanto, o nome acabou não vingando muito, permanecendo por apenas uma edição, já que havia outra revista com o nome de “Stag”. Assim, Hefner e Eldon Sellers, vice-presidente executivo da revista, acharam que a melhor saída seria encontrar ou nome. Não poderiam estar mais certos.
Como recorda a BBC, o nome surgiu a Sellers por conta de uma lembrança de um momento de sua vida, era o mesmo nome de uma antiga empresa que sua mãe havia trabalhado: a Playboy Automobile Company.
Depois disso, era hora de Art Paul entrar em ação. Ele ficou encarregado de criar o logo da Playboy. Para isso, escolheu a figura de um coelho que usava uma gravata borboleta — que se tornou um icônico símbolo.
Hefner via no animal a mesma essência da revista: ambos tinham um caráter lúdico, encantador e divertido.
Além disso, como o próprio fundador da revista explica em entrevista ao Look Magazine, o bichinho peludinho também tinha uma “conotação humorística e sexual”, afinal, a espécie é conhecida por ter uma vida sexual bastante ativa, o fazendo dele “um animal vigoroso, tímido, vivaz, saltitante e sexy” — nas palavras de Hugh.
"Primeiro, ele te cheira; depois, foge; mais tarde volta e desperta a vontade de carícias, de brincadeiras. Uma garota se parece com um coelho. É alegre", completou. Um exemplo disso, segundo aponta, eram as famosas ‘garotas do mês’, as famosas coelhinhas, escolhidas pelo veículo.
“Não é uma garota sofisticada que você nunca poderia ter. Não nos interessam as mulheres misteriosas, difíceis. Não nos interessa a femme fatal que está triste", explicou, dizendo que “a garota da Playboy não usa renda ou roupas íntimas. Ela está nua, bem banhada com sabão e água, e está feliz".
Outro ponto que se destaca da identidade visual do logo da Playboy é justamente um dos pontos mais simples dele: a cor. Como explica matéria da BBC, a coloração foi escolhida pois dá um ar luxuoso, um toque de profissionalismo e também de muita classe.
Não por coincidência, a cor é a mesma de um traje formal, que apesar do ‘pretinho básico’, se destaca não por sua presença, afinal, não precisa de cores para se destacar, sua imagem fala por si só.
Apesar de icônico, pontua o The Times, o logo seria usada, em um primeiro momento, apenas como um ponto final ao término de cada artigo da revista. Mas logo os editores da Playboy perceberam sua importância e lhe deram um espaço de maior destaque.
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