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Matérias / Europa

Segundo teoria infundada, a Guerra de Troia teria ocorrido entre os Celtas

Foram os povos da Inglaterra que travaram a grande batalha, e não os gregos, afirma autor holandês

Joseane Pereira Publicado em 22/11/2019, às 07h00

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Imitação de cavalo Roy na cidade real de Tróia na Turquia - Getty Images
Imitação de cavalo Roy na cidade real de Tróia na Turquia - Getty Images

É consenso geral que a cidade de Troia se localizava na costa da atual Turquia, e que a guerra mítica que lá ocorreu teria sido travada entre gregos e troianos. Mas, para autores como Iman Wilkens, a coisa não é tão simples assim.

Em seu livro Where Troy Once Stained (Onde Troia uma vez esteve, em tradução livre), publicado nos anos 90, Wilkens sugere que a Ilíada e a Odisseia, apesar de serem obras clássicas da cultura grega antiga, eram originalmente poemas da Europa Ocidental. Posteriormente, ele afirma a localização exata de Troia: nos Gog Magog Downs, em Cambridgeshire, local ocupado pelos Celtas.

Posteriormente, após serem expulsos por outros grupos, eles teriam se estabelecendo nas ilhas da Grécia, levando seus poemas épicos para lá e formando assim as bases da Ilíada e Odisseia. Eles seriam conhecidos como povos Arcaicos e Pelasgianos.

Os poemas, segundo o autor, foram traduzidos em grego por volta de 750 a.C., após 400 anos de transmissão oral. E os heróis retratados teriam sido colocados em regiões conhecidas pelos gregos, no mar Mediterrâneo. "Parece também que o grego de Homero contém um grande número de palavras de empréstimo de idiomas da Europa Ocidental, mais frequentemente do holandês do que do inglês, francês ou alemão", afirma o autor. Entretanto, essas línguas surgiram cerca de mil anos depois de Homero.

Algumas pessoas já haviam proposto essa teoria antes dele, como é o caso da advogada belga Théophile Cailleux, que no século 19 afirmou que Odisseu navegou no Oceano Atlântico. E também de Karel Grave, autor flamengo que no século 18 disse que o contexto da obra de Homero deveria ser procurado na Europa Ocidental.

 Entretanto, pelo fato de Wilkens discordar de ideias já consolidadas sobre historicidade e local de ocorrência da Guerra de Troia, seu trabalho teve pouco impacto acadêmico, residindo nas margens dos estudos clássicos como um estudo não tão sério assim.


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