Em 1966, polêmica fala de John Lennon sobre a banda fez com que o quarteto de Liverpool fosse banido da África do Sul; entenda!
Os Beatles viveram um sucesso que, ainda hoje, é raro ver outros artistas alcançando. Fenômeno global, o quarteto de Liverpool acumulava fãs em todos os cantos do mundo, com seu ritmo de rock envolto em grande psicodelia.
O estrelato na década de 60 se deve, inclusive, ao breve tempo em que a banda perdurou: eles se juntaram em 1960, e se encerraram a parceria em 1970. Porém, nesses 10 anos, cativaram e irritaram muitas pessoas.
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Tamanha era a fama, que em 1966 John Lennon teve, em entrevista ao jornal britânico The Evening Standard, uma fala que causaria abalo internacional. Na ocasião, o artista disse que a banda poderia ser mais popular até mesmo que o Cristianismo.
O cristianismo vai desaparecer", disse ele na entrevista. "Não preciso discutir sobre isso; estou certo e serei provado que estou certo. Somos mais populares do que Jesus agora. Não sei o que vai primeiro: o rock 'n' roll ou o cristianismo."
Ele ainda acrescentou, segundo o Daily Express: "Jesus estava bem, mas seus discípulos eram grossos e comuns. São eles distorcendo isso que estraga tudo para mim". E essa fala acabaria por causar uma polêmica que certamente o beatle não imaginava.
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Alguns meses após essa fala polêmica de John Lennon, o governo da África do Sul e a South African Broadcasting Corporation (SABC) proibiram a reprodução de todas as músicas dos Beatles no país.
Na época, vale mencionar, o quarteto mantinha singles de sucesso no Top 20 das músicas mais ouvidas do país por três anos consecutivos, incluindo clássicos como 'From Me To You', 'She Loves You', 'A Hard Day's Night', 'Ticket to Ride' e 'Help'.
Então, com a separação da banda em 1970, as músicas do quarteto voltaram a ser tocadas nos rádios sul-africanas, bem como as canções de cada um de seus membros individualmente — o que safou Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison —, exceto por John Lennon.
Apesar da reação intensa contra Lennon, o cantor comentou posteriormente que muitos fãs de seu próprio país não deram tanta importância para seus comentários. "Na Inglaterra, ninguém prestou atenção", disse em outra entrevista, em 1974.
"Se eu tivesse dito: 'A televisão é mais popular que Jesus', poderia ter escapado impune!", disse o ex-beatle também em outra ocasião, conforme repercutido pelo Daily Express.
Porém, com o tempo, Lennon ainda se desculpou com aqueles que ofendeu com sua polêmica afirmação: "Lamento ter aberto a boca. Não sou anti-Deus, anti-Cristo ou anti-religião", pontuou posteriormente. "Se você quer que eu peça desculpas, se isso vai te deixar feliz, então tudo bem, me desculpe."