Desde o ano de 1977, ao menos 67 mulheres desapareceram ou foram assassinadas de forma misteriosa nas regiões de Queensland e Nova Gales do Sul
Diversos crimes cometidos contra mulheres na Austrália podem permanecer sem solução. Desde 1977, pelo menos 67 mulheres desapareceram ou foram assassinadas de maneira misteriosa nas regiões de Queensland e Nova Gales do Sul.
O tema voltou a ganhar destaque no final de outubro, quando políticos solicitaram ao primeiro-ministro Chris Minns a criação de uma comissão especial de inquérito para investigar os desaparecimentos e mortes. As informações são do Daily Mail UK.
Jeremy Buckingham, membro do parlamento de Nova Gales do Sul, levantou a hipótese da existência de um assassino em série responsável por dezenas de crimes na região norte entre 1977 e 2009. Ele afirmou que os casos apresentam indícios que apontam para a atuação de um único autor.
“Alguém fez essas coisas repetidamente. O pior serial killer da história do país escapou impune”, declarou Buckingham, de acordo com o portal UOL.
Em um discurso carregado de emoção, ele pediu uma investigação mais aprofundada por parte da polícia, classificando os crimes como uma "mancha" na sociedade. Após revisões de 35 casos antigos, a polícia identificou 67 ocorrências semelhantes. Tanto Buckingham quanto o detetive Gary McEvoy, de Coffs Harbour, acreditam que muitos desses casos estão interligados e poderiam ser obra de um único criminoso.
Entre os casos está o de Narelle Cox, que desapareceu em 1977 após ser vista pela última vez em Grafton, Nova Gales do Sul. Ela deixou um bilhete para a família informando: "Fui para Noosa ver a Faye, volto na segunda-feira."
Buckingham acusou a polícia de Nova Gales do Sul de não fazer o suficiente por essas mulheres e cobrou um esforço maior para solucionar os crimes.
Em resposta, a polícia declarou ao site australiano 9News que não há provas concretas de que um único autor esteja por trás de todos os desaparecimentos. No entanto, garantiu que todos os casos não resolvidos serão revisados a cada dois anos, conforme as recomendações de uma comissão especial.