Apesar de ter sido mimada por seu pai, Svetlana Alliluyeva criticou o governo soviético até o fim de sua vida
Svetlana Alliluyeva, filha caçula do ditador da União SoviéticaJosef Stalin, nasceu em 26 de fevereiro de 1926 em Moscou. Ela era considerada a princesa do Kremlin e muito adorada pelo pai, que a chamava carinhosamente de "pequena mariposa".
"A única pessoa que conseguia amolecer Stalin era Svetlana", diz Rosemary Sullivan, autora da biografia A filha de Stalin: a extraordinária e tumultuada vida de Svetlana Alliuyeva.
No entanto, com o passar dos anos Svetlana teria tomado conhecimento a respeito das atrocidades ocorridas durante o governo de seu pai, fazendo-a com que se rebelasse. "Era uma mulher com imaginação, apaixonada pela escrita, frustrada e prisioneira da proteção que era dada ao nome de seu pai. Mas nunca deixou de se rebelar contra isso. Sua determinação era impressionante", declarou Sullivan em entrevista à BBC Mundo.
Svetlana passou seus anos na escola aprendendo sobre o culto ao seu pai. Na biografia ela afirma que sua imagem estava por toda parte. "Lenin era nosso ídolo, e Marx e Engels nossos apóstolos", já Stalin sempre tinha razão em tudo, "sem exceção", revelou a filha do soviético. O culto à personalidade do político foi duramente criticado por ela, tanto a respeito de seu pai quanto do presidente Putin, afirmando que ele estava trazendo de volta essas "táticas" usadas por Stalin.
Ao longo de sua vida, Svetlana percebeu os episódios sangrentos da Era Stalin. O sumiço de pessoas, como foi o caso da sua babá e do escritor judeu Aleksei Kapler, por quem ela era adorava durante a adolescência, causou diversos traumas na menina, fazendo-a entender o quão poderoso seu pai era — que com apenas uma imposição poderia levar milhares de pessoas à morte, trabalho forçado ou desaparecimento. "A vida uma pessoa podia depender inteiramente de uma palavra do meu pai", escreveu Svetlana.
A filha do ditador refletiu questões que a levaram a se opor à ideologia de seu pai. "Exigia a censura de qualquer pensamento privado por meio da hipnose de massas", disse ela sobre o comunismo stalinista, e chegou até mesmo a dizer que Stalin teria criado no país uma "mentalidade dos escravos".
Svetlana Alliluyeva faleceu aos 85 anos, em 22 de novembro de 2011, vítima de um câncer terminal. Suas cinzas foram jogadas no Oceano Pacífico.
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