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Matérias / Caso Nardoni

Passos do pai e madrasta de Isabella Nardoni foram simulados em reconstituição

Simulação realizada pela polícia chegou a incluir uma boneca com o mesmo tamanho da menina

Redação Publicado em 17/08/2023, às 20h02

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O pai e a madrasta de Isabella Nardoni - Reprodução/Vídeo/TV Globo
O pai e a madrasta de Isabella Nardoni - Reprodução/Vídeo/TV Globo

Em abril de 2008, cerca de um mês após a trágica morte da pequena Isabella Nardoni, que tinha apenas 5 anos, o Brasil acompanhava em alerta os desdobramentos da investigação criminal. 

A menina faleceu após ser jogada da janela do sexto andar do edifício London, que fica localizado na Zona Norte de São Paulo. Na época, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, o pai e a madrasta da vítima, eram considerados suspeitos pela morte, que ocorrera sob seus cuidados. 

Com a condenação, sabemos que a menina foi espancada, asfixiada por Jatobá e jogada pela janela por Alexandre. Um dos elementos que ajudou a determinar a culpa do casal foi justamente a reconstituição da morte de Isabella, na qual a polícia usou uma boneca com o mesmo peso e tamanho da criança. O episódio chamou grande atenção da imprensa da época. 

Simulação

Segundo informações divulgadas pelo g1 no dia 27 de abril daquele ano, a reconstituição demorou sete horas e meia para ser finalizada, durando das 9h40 às 17h15. O processo envolveu uma equipe formada por quatro peritos, dois médicos legistas, dois fotógrafos e dois desenhistas. 

Além disso, diversas testemunhas foram ouvidas para que o ambiente fosse recriado com o máximo de fidelidade, e também para que fosse verificado o quanto era possível ouvir da discussão que precedeu a morte de Isabella a partir dos locais onde essas testemunhas estavam.

A fim de evitar perturbações sonoras, aliás, um raio de 1,5 quilômetros de espaço aéreo acima do edifício London foi liberado — isso é, aeronaves foram orientadas a evitar a região durante aquele dia. 

Os oficiais começaram a simulação a partir do momento em que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá saíram do carro trazendo a pequena Isabella. Eles passaram pelo trajeto até o apartamento, e, lá, pelo momento em que a tela de proteção foi cortada e a criança, atirada pela janela. 

Imagem de casal Nardoni em entrevista / Crédito: Divulgação/ Globo 

Ainda conforme o veículo, primeiro os pés da boneca foram passados pelo buraco da rede, e depois o restante do corpo. Ela ficou pendurada pelas mãos, e a esquerda foi solta antes da direita — isso, pois, a autópsia identificou fraturas em seu braço esquerdo que teriam sido provocadas pelo fato do peso de seu corpo inteiro ter sido segurado pelo membro. 

Outro detalhe importante é que a boneca utilizada pelos peritos não foi realmente atirada da janela: após ter suas mãos soltas, ela permaneceu suspensa através de cordas. 

A última fase da reconstituição, por sua vez, envolveu recriar os passos de Alexandre e Jatobá após o crime. A mulher falou com o porteiro sobre supostos problemas de segurança no condomínio, e o homem se ajoelhou ao lado do corpo da filha e tentou ouvir seu coração.

Quando um vizinho chegou à cena, o pai da vítima afirmou: "Arrombaram meu apartamento, rasgaram a tela do quarto e jogaram minha filha da janela".

A versão de Alexandre Nardoni, assim como seria concluído posteriormente pela Justiça, não era verdadeira. Ele e Anna Carolina Jatobá foram condenados pelo assassinato de Isabella em 2010.