Restaurada para receber Bolsonaro em 2018, o palácio do presidente conta com cinema, sala de jogos e outras instalações especiais
Wallacy Ferrari Publicado em 05/11/2022, às 09h00
A partir de 2023, o Palácio da Alvorada voltará a ser ocupado por Luiz Inácio Lula da Silva, sendo o primeiro presidente da história do Brasil a ser eleito três vezes, tendo sido eleito pelo voto popular também em 2002 e 2006. Com pouco menos de 51% dos votos, também se torna o mais velho eleito, aos 76 anos de idade.
Com tamanha experiência, retorna para o local onde residiu por oito anos. Se cumprir seu governo até o final, torna-se a pessoa que ocupou o local por mais tempo, já sendo o ocupante mais longevo no século 21. Contudo, a história da residência oficial do Presidente começa muito antes da vida política do candidato eleito.
Ela foi projetada em 1957, três anos antes da transferência da capital federal para Brasília, sendo arquitetada por Oscar Niemeyer e restaurada, pela última vez, em novembro de 2018, durante o governo de Michel Temer, que apesar de residir no Palácio do Jaburu, dedicado aos vice-presidentes, preparou a casa oficial ao então eleito Jair Bolsonaro.
Com um espelho d'água logo na fachada, um amplo jardim conta com uma escultura de Alfredo Ceschiatti, chamada 'As Iaras' e dispostas sobre as águas. Na área externa também há animais, como emas responsáveis pelo controle de animais peçonhentos.
A EMA do planalto ta se sentindo vingada desde domingo à noite. Lembram que o Jair tentou intubar cloroquina nela? pic.twitter.com/1RD6ZLWPl4
— Gretchem eleitoreira (@agretchem) November 3, 2022
A recepção do local também mostra sua grandeza com um extenso tapete vermelho, além de uma parede dourada no hall de entrada. Não é comum ocorrer eventos oficiais no local, visto que ele é destinado ao repouso do chefe de estado, enquanto seu escritório e gabinete são abrigados no Palácio do Planalto.
Os edifícios estão a 6 quilômetros de distância, sendo facilmente percorridos em um trajeto de carro com 10 minutos de duração. Em boa parte dos cômodos há obras de artes de diversos artistas brasileiros, em diversos métodos, desde esculturas até tapeçaria especial, como informou a revista Casa Vogue.
Além dos dormitórios e de saídas pouco divulgadas pelas agências oficiais, devido a protocolos de segurança, o interior do palácio revela atividades proveitosas para o ocupante do cargo máximo da nação em seu tempo livre. A Biblioteca instalada no local, por exemplo, acumula mais de 3,4 mil obras.
O portal do Governo Federal ainda trilha alguns outros cantos especiais do local, como um auditório para 30 pessoas, cinema, sala de jogos, sala de música, almoxarifado, despensa, cozinha, lavanderia e a administração do Palácio, este último responsável pela prestação de serviços, manutenção e segurança.
Ao receber uma visita, o requinte não fica de fora; após o saguão, a sala de jantar conta com uma mesa de 12 cadeiras inglesas do século 18, além de porcelanas e telas estrangeiras nas paredes.
O Salão Nobre, ao lado, sedia as conversas do Presidente, com poltronas marquesas rodeadas de esculturas, móveis e telas assinadas por grandes nomes do design no mundo.
