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Matérias / Curiosidades

Ovos Fabergé: veja 5 curiosidades sobre os luxuosos 'ovos de Páscoa' russos

Extravagantes e extremamente ornamentados, os ovos Fabergé foram tesouros raros de Páscoa da Família Imperial Russa; confira!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 14/04/2025, às 18h00

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Ovo Fabergé - Getty Images
Ovo Fabergé - Getty Images

No próximo domingo, 20 de abril, é celebrado em todo o mundo cristão a Páscoa. Também conhecido como Domingo de Ressurreição no cristianismo, esta é uma festividade religiosa que celebra a ressurreição de Jesus, no terceiro dia após sua crucificação.

Porém, apesar do pano de fundo religioso, essa data também ganhou outros símbolos ao redor do mundo. Por exemplo, no Brasil, essa data também é especialmente lembrada pelos ovos de chocolate, que são dados de presente nessa época.

E essa tradição com ovos não é exclusiva daqui. Nos Estados Unidos, também é comum que crianças se envolvam em "caça aos ovos", que em vez de chocolate, são ovos comuns, pintados e espalhados em uma área delimitada.

E isso, na verdade, pode ser um costume ainda mais antigo, com relatos referindo-se a origens pagãs, e registros de ovos decorados desde o século 13.

Ovos de Páscoa decorados / Crédito: Getty Images

Porém, poucos ovos de Páscoa conseguiram ser tão luxuosos quanto os ovos Fabergé, obras de arte ricamente ornamentadas, que eram objetos de presente da Família Imperial Russa. Confira a seguir 5 curiosidades sobre estas relíquias:

1. Ovos Fabergé

Conforme repercute a BBC, os Ovos Fabergé são obras de arte elaboradas e ornamentadas de metal e pedras preciosas, que de certa forma serviam como símbolos do poder dos antigos czares.

Ao todo, estima-se que cerca de 50 artefatos do tipo foram encomendados pela Família Imperial Russa entre 1885 e 1916, começando como um presente do imperador Alexandre III para sua esposa, Maria Feodorovna.

Nicolau II e sua família / Crédito: Getty Images

Tamanha beleza dos ovos fez a família imperial torná-los em uma tradição e, anualmente, o imperador encomendava um novo ovo para sua esposa — inclusive com o filho de Alexandre III, Nicolau II, continuando o legado. Hoje, porém, estas peças são considerados tesouros de valor "incalculável" por historiadores e especialistas em arte.


2. Peter Carl Fabergé

Os Ovos Fabergé receberam esse nome em referência ao joalheiro que os criou, Peter Carl Fabergé. Ele era filho do joalheiro alemão Gustav Fabergé, descendente de huguenotes, com a dinamarquesa Charlotte Jungstedt, e nasceu em 1846 em São Petersburgo, capital do Império Russo.

Ovo Fabergé e Peter Carl Fabergé / Crédito: Getty Images / Domínio Público

Após a morte do pai, em 1882, ele assumiu a joalheria da família, e acabou conquistando grande renome, sendo inclusive nomeado como "joalheiro da corte imperial" após produzir o primeiro ovo.


3. Artigos de luxo

Hoje, Peter Fabergé é lembrado muito por seu perfeccionismo — e até mesmo excessos — na fabricação de seus ovos, que exigiam um trabalho meticuloso e extenso para serem criados.

O joalheiro supervisionava toda a operação, e chamava atenção o quão valiosos eles podiam ser: alguns eram cobertos com finas camadas de laca ou pedras preciosas, adquiridas diretamente dos Montes Urais ou das Montanhas Altai.

Ovo de Páscoa de flor de macieira, da coleção Fabergé / Crédito: Getty Images

Além disso, também sempre havia uma surpresa dentro dos ovos, que poderiam ser desde uma miniatura de uma caixa de música, do Palácio de Gatchina do século 18 e até mesmo de um elefante.

O primeiro dos ovos, conhecido como "Ovo de Galinha" — que hoje está no Museu Fabergé em São Petersburgo — se trata de uma pequena peça esmaltada branca, com um segundo ovo dourado dentro de si e, dentro dele, uma pequena galinha dourada.


4. Ovos perdidos?

Apesar dos quão valiosos eram os Ovos Fabergé, com a revolução bolchevique e a queda da dinastia Romanov, em 1917 — bem como a morte por fuzilamento de Nicolau II, sua esposa e suas filhas —, os bens da coroa foram nacionalizados. Além disso, a Casa Fabergé também foi obrigada a deixar o país, e Peter Carl faleceu dois anos depois, na Suíça.

Ovo Fabergé / Crédito: Getty Images

Os ovos, por sua vez, foram "embalados" junto de outros tesouros dos Romanov, e levados ao Kremlin. Anos depois, Joseph Stalin — então líder da União Soviética — vendeu 14 destes ovos, e hoje alguns deles estão espalhados em coleções particulares, museus e outras instituições. Porém, não se sabe sobre o paradeiro de sete deles.


5. O que aconteceu com os Fabergé?

Após o eventual declínio da joalheria, o nome de Fabergé continuou sendo famoso, mas acabou sendo apropriado e registrado posteriormente, em 1937, nos Estados Unidos. Porém, em vez de artigos luxuosos, passou a ser meramente sinônimo de venda de perfumes, sendo apropriado por Samuel Rubin.

Ovo Fabergé / Crédito: Getty Images

Em 1951, Rubin concordou em pagar à família Fabergé para usar o nome, mas sua marca também acabou se expandindo, para uma linha de produtos sanitários e até para uma loção pós-barba.

Finalmente, em 2007, o nome foi resgatado pela Pallinghurst Resources — uma consultoria internacional de investimentos —, e assim a Fabergé Ltd. foi fundada, comandada por Tatiana e Sarah Fabergé, bisnetas de Peter Carl, que resgataram o propósito inicial de fabricar artigos de luxo e joias.