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Matérias / Magnatas russos

Suicídio, acidentes e sem detalhes: Os magnatas russos encontrados mortos

Mortes misteriosas de oligarcas ligados a Putin vêm sendo registradas desde a invasão à Ucrânia; conheça os ricaços e as circunstâncias suspeitas em que morreram

Redação Publicado em 04/09/2022, às 08h00

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Vladimir Putin, presidente da Rússia - Getty Images
Vladimir Putin, presidente da Rússia - Getty Images

Na última quinta-feira, 1, foi repercutida mundialmente a morte do presidente do Conselho de Administração da petrolífera russa Ravil Maganov, aos 67 anos, na Clínica Central Hospitalar de Moscou, na Rússia.

O oligarca morreu "após lutar contra uma grave doença", informou a LukOil, companhia petrolífera russa, em nota oficial, sem detalhar o caso. À agência de notícias estatal Interfax, uma fonte disse que "Maganov caiu da janela de seu quarto do hospital nesta manhã. Ele morreu por conta dos ferimentos”, acrescentando que policiais atuavam no incidente na área externa.

Segundo o UOL, o executivo se tornou presidente do Conselho da companhia, que é a segunda maior petrolífera do país, há cerca de dois anos, tendo entrado na empresa em 1993.

O mais curioso é que ele havia lamentado recentemente, de maneira pública, o que chamou de "trágicos acontecimentos na Ucrânia", país que sofre com o conflito vivido contra as forças russas controladas por Vladimir Putin desde a invasão em 24 de fevereiro.

Vladimir Putin, presidente da Rússia / Getty Images

No entanto, esse não é um caso isolado. Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no começo do ano, já foram registradas mortes de oito oligarcas russos ligados ao presidente. Todas aconteceram de maneira misteriosa ou em circunstâncias suspeitas: suicídios, acidentes e sem muitos detalhes esclarecidos.

Ainda que as mortes possam mesmo ser decorridas de suicídio — os ricaços estariam com medo da falência devido às sanções ocidentais recentemente impostas que congelaram seus bens — assassinatos disfarçados também são uma hipótese bastante forte, especialmente por estarem acontecendo em contexto de guerra russo-ucraniana.

Analistas apontam que os homens estariam sendo obrigados a reafirmarem ou não sua lealdade a Putin, cujos métodos de vingança são conhecidos. Os bilionários eram todos de empresas gigantes ligadas ao governo, como a estatal de energia Gazprom e a LukOil.

Oligarcas mortos

O modus operandi das mortes parte do princípio que todos eles são do mesmo grupo — oligarcas ligados ao governante russo — e que morreram em circunstâncias misteriosas no mesmo período em que o país trava guerra com a Ucrânia, sofrendo com sanções internacionais.

O primeiro caso registrado foi em 30 de janeiro, ainda antes de a Rússia invadir a Ucrânia, quando Leonid Schulman, diretor da Gazprom, maior empresa de energia russa, foi encontrado morto aos 60 anos no banheiro de sua casa, situada em São Petersburgo. Uma carta descoberta no local apresentava conteúdo sobre suicídio.

Depois, em 25 de fevereiro, foi a vez de Alexander Tyulyakov, vice-diretor da mesma companhia, ser encontrado enforcado em um chalé na região de São Petersburgo. No local, também estava uma carta de despedida.

Poucos dias depois, o corpo do magnata do petróleo Mikhail Watford foi descoberto na garagem de sua mansão. O homem morrido por enforcamento aos 66 anos e foi localizado em 28 de fevereiro na sua residência situada no subúrbio de Londres.

Em 23 de março, Vasily Melnikov, ex-funcionário da empresa de equipamentos médicos MedStom, foi encontrado morto ao lado da esposa e dois filhos de 4 e 10 anos no apartamento em que viviam na cidade de Nizhny Novgorod. Não foram identificados vestígios de luta ou invasão de domicílio.

A família do ex-vice-presidente da Gazprom e ex-oficial do Kremlin Vladislav Avaev também sofreu uma tragédia em 19 de abril. O corpo do oligarca, da esposa grávida e a filha deles de 13 anos foram encontrados em um apartamento em Moscou com marcas de balas. O imóvel estava trancado por dentro e uma arma foi descoberta ao lado do executivo, o que indicou a hipótese de suicídio à polícia.

No dia seguinte, o corpo de Sergey Protosenya, ex-diretor executivo da Novatek, segunda maior empresa de gás do país, foi descoberto no jardim de uma mansão em Lloret del Mar, na Espanha, após um enforcamento. Ao lado dele, estavam os cadáveres esfaqueados de sua esposa Natalya, 53, e da filha deles Maria, 16 anos. O milionário pode ter cometido duplo homicídio e depois se suicidado, segundo investigação da polícia espanhola.

Além da recente morte do presidente do Conselho da LukOil, Ravil Maganov, outro ex-funcionário da empresa também faleceu recentemente de forma misteriosa. Foi o caso de Alexander Subbotin, que morreu no começo de maio, aos 43 anos.

O oligarca já atuou como diretor da companhia, além de ter sido membro do conselho de administração da Lukoil Trading House LLC e, atualmente, ter sido dono de uma empresa de transporte marítimo. Subbotin morreu depois de um ritual de cura uma ressaca em que teria sido utilizado veneno de sapo, informou o canal de comunicação Mash. Seu corpo foi encontrado por dois xamãs na casa deles.