Em 'Ibira 70', escola paulistana falará sobre um dos principais pontos turísticos da cidade: o Parque do Ibirapuera, que completará 70 anos em 2024
Lutando pelo oitavo título do Carnaval de São Paulo, a Rosas de Ouro homenageará um dos pontos preferidos dos moradores da capital paulista: o Parque do Ibirapuera, que completará 70 anos no próximo dia 21 de agosto.
Com o samba-enredo 'Ibira 70', uma alusão ao modo carinhoso que o paulistano chama o parque, a escola azul, branco e rosa da Brasilândia abordará a importância do ponto turístico, que conta com mais de 1.500.000 metros quadrados de área verde e que recebe mais de 14,5 milhões de visitantes todos os anos.
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Além disso, o parque também abriga espaços culturais, arquitetônicos e esportivos. Assim, a Rosas de Ouro mostrará no Sambódromo do Anhembi a relação única entre o parque e a cidade.
O parque faz parte da história da cidade. É um dos principais pontos turísticos. A gente resolveu homenagear ele porque a Rosas de Ouro sabe falar de São Paulo e de aspectos ligados à cidade. Depois de 20 anos, a gente está voltando a falar de um ponto de São Paulo", explicou o carnavalesco Paulo Menezes ao portal Leo Dias.
Parque mais visitado da América Latina em 2017, além de ser um dos locais mais fotografados do mundo, conforme aponta matéria do G1, o Ibirapuera foi inaugurado em 21 de agosto de 1954.
Ibirapuera vem do tupi-guarani Ypy-ra-ouêra — que significa 'pau podre'. Segundo o portal da Assembleia Legislativa de São Paulo, o nome foi dado por a região ter sido um brejo.
No período da colonização, o local foi uma aldeia indígena que, depois, deu espaço a chácaras e pastagens, utilizadas pelas boiadas que seguiam até o Matadouro Municipal, na Vila Mariana.
Na década de 1920, entretanto, o então prefeito paulistano José Pires do Rio idealizou o projeto para transformar a região em um parque semelhante ao estilo europeu e norte-americano, como o londrino Hyde Park, o francês Bois de Boulogne ou nova-iorquino Central Park.
Entretanto, devido ao terreno alagadiço, o plano inicial foi frustrado. Tudo começou a mudar em 1927, graças a um funcionário da prefeitura: Manuel Lopes de Oliveira. Conhecido como Manequinho Lopes, ele iniciou o plantio de centenas de eucaliptos, o que ajudou no processo de drenar o solo.
Na década de 1950, o então governador Lucas Nogueira Garcez instituiu uma comissão para tornar o Parque do Ibirapuera um marco para as comemorações do Quarto Centenário da cidade de São Paulo; operação que seria chefiada por Francisco Matarazzo Sobrinho, o "Cicillo"
Em 1954, ano da celebração, o parque não conseguiu ficar pronto a tempo, em 25 de janeiro, mas foi inaugurado sete meses depois. O evento contou com 640 estandes montados por 13 estados e 19 países.
Como recorda a Assembleia Legislativa, as estruturas do Parque do Ibirapuera ficaram sob responsabilidade de arquitetos renomados, como, por exemplo, Oscar Niemeyer, que projetou sua marquise.
Atualmente, o parque abriga, entre outras instalações, o Planetário; o Museu de Arte Moderna (MAM); o Museu de Arte Contemporânea (MAC); o Museu Afro-Brasil; o Pavilhão Japonês; a Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cultura de Paz (Umapaz); o Jardim das Esculturas; a Fundação Bienal e o auditório Ibirapuera.
O parque também é casa de mais de 160 espécies de animais, como peixes, gambás, aranhas e morcegos; e outras 142 espécies de pássaros, muitas delas migratórias, como o exemplo do falcão-peregrino.