O polêmico evento ocorreu em 1965 na residência da família real britânica e foi alvo de críticas
Larissa Lopes, com supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 14/02/2021, às 08h00 - Atualizado em 04/06/2021, às 14h15
No auge da fama da banda The Beatles, os integrantes John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr conheceram a rainha Elizabeth II e, seu marido, o príncipe Philip.
Em meados de 1965, o intrigante evento ocorreu no Palácio de Buckingham, conhecido por ser a residência oficial da família real britânica.
O inusitado encontro foi visto por bons olhos entre alguns fãs da banda. Contudo, logo o evento tornou-se polêmico e despertou críticas de outras pessoas.
Rock, estrelato e quatro amigos. Na década de 1960, a banda inglesa The Beatles chegou ao auge e, sem querer, criou um movimento ao redor do mundo: o Beatlemania. Do fã a mídia, todos queriam saber de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.
Considerada a banda mais influente de todos os tempos, os ‘garotos de Liverpool’ — como ficaram conhecidos devido à origem dos integrantes — emplacaram como primeiro hit 'Love me do', em 1962.
Com tanta repercussão, os Fab Four conquistaram também a joia da Família Real Britânica, a Rainha Elizabeth II. Na época, segunda metade do século 20, a monarca já era responsável por modernizar o estilo de vida da nobreza, com encontros não tão formais e eventos acessíveis.
Foi assim que o grande encontro aconteceu. Conforme repercutido pela Rolling Stone, o então primeiro-ministro Harold Wilson, também representante do subúrbio de Huyton, Liverpool, deu um passo para que tudo finalmente acontecesse.
De acordo com o Express UK, Wilson sugeriu que a premiação Member of the Order of the British Empire (MBE), do ano de 1965, fosse dedicada aos integrantes dos Beatles.
Essa homenagem, em tradução Membro da Ordem do Império Britânico, é concedida diante do impacto positivo que seu trabalho tenha causado no mundo. Então, graças ao ministro, a rainha Elizabeth recebeu o quarteto no Palácio de Buckingham, em outubro de 1965. Além da banda, outras 189 pessoas estavam presentes.
Em entrevista ao Anthology, Paul McCartney contou como havia sido a experiência. “Um guarda oficial da rainha nos levou para um canto e nos mostrou o que tínhamos que fazer. ‘Aproxime-se da Sua Majestade assim e nunca dê as costas. E não fale com ela a não ser que ela fale com você’”, relembrou.
“Todas essas coisas, para quatro rapazes de Liverpool, foi: ‘Uau!’. Foi bem engraçado. Mas ela era doce”, disse o astro.
Para ele, outro lado da rainha foi revelado naquele dia. “Eu acho que ela pareceu um pouco maternal para nós, porque éramos jovens garotos e ela era um pouco mais velha”, afirmou.
Nesse tempo, Elizabeth tinha apenas 39 anos. Segundo McCartney, os quatro receberam as honrarias como manda o figurino e, ainda, o baterista Ringo Starr conseguiu fazer a rainha rir.
Contudo, a cerimônia não foi vista da mesma maneira por todos. Se de um lado havia muita comemoração, de outro houve repúdio. O coronel Frederick Wagg não gostou de que os músicos tivessem ganhado uma homenagem desse tipo.
Em forma de 'protesto', Wagg devolveu as doze medalhas que ganhou servindo pelo exército britânico, e atuando nas duas guerras mundiais.
Com exceção do sucesso dos Beatles, muita coisa não permaneceu atemporal. Os títulos recebidos por eles, através da família real, foram contestados — por eles mesmos — enquanto a Guerra do Vietnã e a Guerra Civil da Nigéria aconteciam.
Descontente com o envolvimento do país nos conflitos políticos, John Lennon devolveu seu prêmio, que havia ganhado em 1965. Na ocasião, apenas ele tomou essa atitude.
Após a morte de Lennon, McCartney recebeu outro título e se tornou ‘Sir’ da cavalaria real, em 1997. Já Ringo, conquistou o mesmo posto somente 20 anos depois, em 2018.
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