Com alta tecnologia e muito dinheiro, as corridas quase sempre resultavam em morte para os competidores
Na Roma Antiga, as corridas de biga foram um dos mais populares esportes do período. Elas surgiram bem antes de Roma, e já aconteciam quando as antigas Olimpíadas foram criadas, em 680 a.C. Mas ninguém levou essa prática tão a sério como os romanos.
As corridas eram perigosas para os pilotos e cavalos, já que muitas vezes sofriam ferimentos graves e até a morte, mas esses apuros aumentavam a excitação e o interesse dos espectadores. No Império Romano, as equipes representavam diferentes grupos de financiadores e às vezes competiam pelos serviços de motoristas particularmente habilidosos.
Entre esses cocheiros, um escravo ganhou notoriedade durante as competições. Ganhando mais de 2.000 corridas, Flavio Scorpus se tornou o competidor mais popular da Roma Antiga.
Flavio começou a participar nas corridas durante a sua adolescência. Aos 21 anos, se destacou no Circus Maximus, cuja origem remonta ao século VI a.C., alternava corridas de carruagens e luta de gladiadores com shows. Durante a sua carreira de 10 anos, Scorpus participou de 6 mil competições.
Já as corridas podiam ser fatais para quem participava. Os veículos eram construídos pensando unicamente na rapidez e não na segurança. “Ao contrário dos carros de guerra mais robustos dos egípcios e hititas, os carros romanos foram construídos para a velocidade e o espetáculo, e não para a batalha”, explicou Mike Loades, historiador e escritor, em entrevista à Live Science.
A competição contava com 12 carruagens e 48 cavaleiros e quando começava, uma das características mais marcantes era o chamado “naufrágio”. Os veículos caíam e colidiam entre si na pista. Como consequência, se tornavam obstáculos para os competidores que estavam atrás.
O talento de Scorpus o tornou rico e famoso no Império Romano. Durante a sua carreira de 10 anos, ele acumulou uma fortuna em ouro que equivale a US$ 15 bilhões nos dias atuais. Especialistas acreditam que ele tenha morrido durante os insólitos “naufrágios.”
Entenda como aconteciam as corridas de biga
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