As roupas e itens utilizados pelo imperador francês 'sobreviveram' ao tempo. Entenda!
Considerado um dos maiores estrategistas de guerra da história da humanidade, Napoleão Bonaparte foi um estadista e grande líder militar francês que se destacou durante as Guerras Revolucionárias Francesas.
Em 1799 ele se tornou o primeiro cônsul da República, após orquestrar um golpe. Já como imperador da França, Bonaparte liderou o território francês contra uma série de coalizões nas chamadas Guerras Napoleônicas, saindo vitorioso na grande maioria dos conflitos.
Com forte influência, o imperador governou, ainda, diversos outros territórios dependentes da França. Por outro lado, Napoleão conquistou muitos inimigos, que almejavam a sua queda.
Após ser derrotado na Batalha de Waterloo, o estadista foi exilado na ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul. Com o passar do tempo, sua saúde começou a declinar, vindo a óbito no dia 5 de maio de 1821.
Uma autópsia realizada em seus restos mortais identificou que o líder sofria de câncer no estômago. Todavia, ainda hoje, a sua morte é alvo de teorias conspiratórias e especulações.
Provavelmente, você deve estar se perguntando: “O que aconteceu com os pertences usados por ele no dia de seu falecimento?”. Diferente do que se pode imaginar, os itens não desapareceram
De acordo com uma notícia publicada pela Rádio França Internacional (RFI), as roupas e objetos utilizados por Napoleão Bonaparte às vésperas de sua morte seriam leiloados, em 2014, na França.
Realizada pela Maison Osenat, a venda dos itens seria feita no dia 23 de março de 2014, na cidade de Fontainebleau, onde o político viveu boa parte do início do século 19.
Após a morte de Bonaparte, os seus pertences ficaram sob a posse de Achilles Archambault, um ajudante do imperador que esteve ao seu lado durante todo o período de exílio até sua trágica morte.
Já com o passar dos anos, os itens ficaram sob domínio dos descendentes de Achilles.
"É muito emocionante, já que se tratam de aspectos pessoais e íntimos da vida do imperador", disse o encarregado do leilão, Jean-Pierre Osenat, segundo a Rádio França Internacional.
Dentre os itens estavam uma bengala, uma mecha de cabelo do estadista, lenços de papel e uma camisa com a letra 'N' gravada sob o tecido, usada por ele na véspera de sua morte. Além disso, em sua roupa era possível ver manchas de sangue e suor que, na época do leilão, a Maison Osenat alegou "que provam o sofrimento do doente."
Conforme a publicação da Rádio França Internacional (RFI), de 2014, outras roupas do francês seriam leiloadas, inclusive tiras de pano feitas por Achilles Archambault para fazer compressas no político. Contudo, de última hora, houve mudanças de planos.
Segundo o The Guardian, de última hora, os descendentes do leal ajudante de Bonaparte conseguiram uma liminar impedindo a venda dos itens. Na época, eles alegaram que tinham medo que os objetos fossem levados para o exterior.
"Eles queriam que essa herança ficasse na França", revelou a advogada Horia Dazi-Masmi, em entrevista ao jornal Le Parisien, conforme divulgou o The Guardian.
Considerados tesouros raros e incomuns, os pertences do imperador são vistos como de grande importância histórica, conforme apontou, na época, o leiloeiro Jean-Christophe Chataignier.