Arqueólogos descobriram ao menos 20 mil artefatos raros e inúmeras estátuas colossais em um tesouro valioso
Cleópatra se tornou uma das mais icônicas figuras históricas. Última faraó do Egito, até agosto de 30 a.C., quando morreu, se tornou famosa por seu poder e conquistas — tanto territoriais quanto amorosas. Devido a sua influência, não é estranho imaginar que fossem construídos em seu governo muitos monumentos que representassem sua grandeza.
Na cidade de Alexandria, a capital do Egito na Época, estava localizado seu palácio. Enorme, como deveria ser, e composto por diversos edifícios construídos em pilares e estátuas, por muito tempo, acreditou-se que ele sido perdido. As teorias eram de que terremotos e maremotos teriam destruído as estruturas decoradas e ricas.
O arqueólogo francês Franck Goddio, porém, encontrou algo que poderia colocar essa ideia em dúvida. Quando descobriu e traduziu textos escritos pelo antigo historiador grego Estrabão, percebeu que talvez esse tesouro ainda estivesse por aí nos dias de hoje.
O filósofo descrevia a cidade de Alexandria e — para a surpresa de todos — uma ilha na costa da capital. De nome Antirhodos, ela seria o verdadeiro lar do enorme palácio da faraó Cleópatra. Foi então que o pesquisador decidiu que encontraria o local perdido e debaixo d'água. Como diriam: a Atlântida egípcia.
A expedição
Em 1996, uma equipe de arqueólogos subaquáticos começou a procurar pelo palacete. Descobriram, no entanto, que ele estava do lado oposto que Estrabão havia o colocado em seus escritos e mais estranho ainda: não era tão grande assim.
Ele era modesto, entre 90 metros por 30 metros. O piso era composto por mármore do século 3 a.C. e foram encontrados diversos artefatos antigos. Segundo o pesquisador Ashraf Abdel Raouf, envolvido na expedição, foram descobertas "cerâmicas, moedas de bronze, pequenos objetos que agora estão em laboratório e em restauração...objetos notáveis".
O tesouro composto por aproximadamente 20 mil objetos, que continuam sendo descobertos, revelaram mais sobre a história de milhares de anos do Egito. Além disso, estátuas colossais também marcaram a visão dos especialistas ao encontrarem o palácio. Uma delas era feita de granito e representava um governante ptolomaico, provavelmente o pai de Cleópatra, Ptolomeu XII Autletes.
Mais esfinges foram descobertas debaixo d'água: uma delas, gigantesca, representava a deusa egípcia Ísis, da maternidade e da fertilidade. Outra, feita de pedra, é apenas uma cabeça, que os pesquisadores acreditam tratar de Ptolemeu XV Cesarião, provável filho de Cleópatra e Júlio César.
Raouf afirma que o achado foi impressionante: "muitos restos emocionantes, como colunas, maiúsculas e minúsculas, blocos de granito, muitos objetos. A construção permanece, vamos deixá-lo como parte do fundo subaquático museu para que as pessoas mergulhem nessa área e olhem para ele”.
Eles conseguiram encontrar a estrutura de madeira do palacete da faraó. Utilizando a técnica de datação de carbono, os pesquisadores chegaram à conclusão de que ele havia sido construído pelo menos 200 anos antes da governante nascer. Isso pode indicar que ela não construiu o palácio, mas sim o herdou.
Mas porque o palácio estava submerso?
Os pesquisadores investigaram as possibilidades durante muito tempo. A hipótese mais aceita atualmente é de que alguns séculos depois do fim do reinado aconteceu um terremoto e, como consequência, um tsunami que atingiu a costa da capital egípcia. Teria sido, portanto, um desastre natural que teria causado o afundamento do palácio real.
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