Grande rival de Thomas Edison, Tesla era obcecado pelo número três e se comunicava com pombos no fim da vida
No dia 7 de janeiro de 1943, há exatos 79 anos, morria uma das figuras mais emblemáticas da ciência. Nikola Tesla, considerado por muitos como o mago da eletricidade, inventou o primeiro motor de corrente alternada e foi crucial para o avanço nos estudos de energia elétrica. Entretanto, ele nunca teve sucesso financeiro — e suas doenças mentais lhe renderam a fama de cientista louco.
Quando Tesla tinha 7 anos, seu irmã Daniel foi morto em um acidente de montaria. Perturbado com o choque da perda, alguns meses depois ele passou a relatar que via rápidos flashes de luz, descritas como “o ar ao meu redor cheio de línguas de fogo vivo”. Esse foi o primeiro indício dos problemas mentais que o cientista teria durante a vida.
Filho de um padre ortodoxo e nascido na Croácia, ele estudou matemática e física na Universidade Técnica de Graz e filosofia na Universidade de Praga. Certa vez, enquanto testava um novo aparelho de rádio, Tesla captou um sinal regular do espaço, registrando: “Temos uma mensagem de outro mundo, desconhecido e remoto. Lê-se: um... dois... três”.
Apesar de ter sido provavelmente o sinal de uma tempestade elétrica em Júpiter, essa mensagem fez ele acreditar que podia se comunicar com extraterrestres. E também pode ter sido a causa para sua obsessão com o número três, que durou a vida inteira.
Em 1884, Tesla imigrou para os Estados Unidos, contratado como engenheiro na sede de Thomas Edison em Manhattan. Como Edison planejava todo um sistema elétrico baseado em corrente contínua, ele moveu uma histérica campanha contra a corrente alternada defendida por Tesla.
Edison fez demonstrações públicas em que eletrocutava cães, cavalos e até um elefante com corrente alternada para provar os perigos dessa forma de energia. Entretanto, a corrente alternada de Tesla provou ser melhor, e é ela que sai de sua tomada ainda hoje.
Em seus últimos anos, vivendo em Nova York, o cientista passava o tempo alimentando pombos e se comunicando com eles. Um pombo em particular, que o acompanhou em sua cama enquanto ele estava doente, lhe causou muita comoção: “Eu o amava como um homem ama uma mulher, e ele também me amava”, chegou a dizer o cientista.
Nikola Tesla morreu empobrecido aos 86 anos, sozinho em um quarto de hotel, e com um importante legado que só seria compreendido muitos anos depois.