Em 'O Impossível', a família Bennett enfrenta um terrível tsunami enquanto aproveitavam férias na Tailândia; confira o que aconteceu com a família que inspirou a história!
Lançado em 2012, "O Impossível" é dirigido por Juan Antonio Bayona — mesmo diretor de 'A Sociedade da Neve' (2023) — e marca a estreia da carreira de ator de Tom Holland, entretanto, o que mais chama atenção na trama é o fato de ser inspirado em uma história real.
Conforme descreve a sinopse: "Uma família de turistas tenta sobreviver ao tsunami que atingiu o sudeste asiático em 2004. Após a destruição, a mãe, junto ao seu filho mais velho, tenta reencontrar o marido e seus filhos pequenos".
No caso, a verdadeira família que inspirou 'O Impossível' estava na Tailândia quando ocorreu o terrível sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004, que foi sentido também em Sri Lanka, Índia e Tailândia. Ao todo, estima-se que quase 228 mil pessoas tenham morrido em 14 países diferentes, considerado um dos desastres naturais mais mortais da história.
Embora na época de seu lançamento 'O Impossível' tenha recebido críticas pela liberdade criativa, em geral, a família espanhola elogiou a produção por sua autenticidade, principalmente no que se refere à forma realista como o povo tailandês ajudou os sobreviventes.
Para tanto, María Belón (a verdadeira Maria Bennett) e sua família até mesmo ajudaram Bayona ao longo do desenvolvimento do filme, transmitindo com precisão suas experiências para as telonas. Mas afinal, o que aconteceu com eles depois da tragédia? Confira!
Segundo repercutido pelo Screen Rant, María Belón ainda trabalha como médica viajou pelo mundo como palestrante motivacional. No fim de 2020, ela apareceu em um vídeo para a BBC Speakers, onde descreveu sua experiência, apesar de traumática, como um "presente" que teria fortalecido seu espírito.
À BBC, ela também destacou que, durante a produção de 'O Impossível', brigava "amorosamente" com Bayona, para que as cenas filmadas na água fizessem os espectadores sentirem realmente como as vítimas do tsunami se sentiram, com fidelidade aos fatos.
Enrique Álvarez (Henry no filme, interpretado por Ewan McGregor), o pai da família, já foi voluntário da Proactiva Open Arms, uma organização espanhola fundada em 2015, para ajudar refugiados turcos a estabelecerem-se na ilha grega de Lesbos. Assim como sua esposa, ele mantém uma visão positiva sobre o tsunami:
Ter vivido certas situações no passado não o dessensibiliza. Em vez disso, você sente mais empatia pelos outros. As coisas parecem mais próximas", disse em entrevista ao Huffpost, em 2015.
Simón, o filho mais novo da família Álvarez (interpretado por Oaklee Pendergast), tinha somente cinco anos quando enfrentou o tsunami. Porém, com o passar dos anos, obteve seu diploma de bacharel com especialização em Antropologia e Geografia, além de especialização em Sustentabilidade pela University College Utrecht, da Holanda.
Hoje, ele trabalha como gerente da Rede de Bicicletas da prefeitura de Amsterdã, chamada BYCS, e também já foi voluntário na ONG de seu pai, anteriormente.
O filho do meio, Tomás (interpretado por Samuel Joslin), que tinha apenas sete anos quando aconteceu a tragédia na Tailândia, estudou no Atlantic College, no País de Gales, e posteriormente se mudou para os Estados Unidos, onde cursou Ciências, Tecnologia e Assuntos Internacionais na Universidade de Georgetown.
Ele, assim como seus pais, sempre falou abertamente da experiência, e disse, em entrevista de 2016 disponível no canal do Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres, que acredita que "embora seja importante refletir sobre o passado, é igualmente importante mudar o futuro", para garantir que possíveis desastres naturais como o ocorrido em 2004 causem os menores danos possíveis.
Por fim, o mais velho dos irmãos, Lucas (interpretado por Tom Holland, e que tinha 12 anos na época do tsunami), estudou medicina na University College of London, na Inglaterra, e também atuou como humanitário posteriormente.
Ele trabalhou como médico durante a pandemia em 2020, e constantemente divulgava em suas redes sociais a importância do distanciamento social nesse período sombrio e recente da história mundial, segundo o El País.