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Matérias / Corredor da morte

Carl Buntion, o homem mais velho a ser executado pelo Texas em 50 anos

O prisioneiro já tinha 78 anos quando sofreu a execução, que ocorreu em 2022

Redação Publicado em 19/11/2022, às 08h00

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Carl Buntion durante entrevista - Divulgação/ Youtube/ KHOU 11
Carl Buntion durante entrevista - Divulgação/ Youtube/ KHOU 11

No último mês de abril de 2022, o governo do Texas, nos Estados Unidos, executou Carl Wayne Buntion, de 78 anos, o tornando o mais velho prisioneiro a ser submetido à pena de morte no estado norte-americano do desde 1976, que é o ano em que o local voltou a permitir a sentença capital. 

Buntion recebeu sua condenação ainda em 1990, quando foi considerado culpado pelo assassinato de Houston James Irby, que havia servido a força policial local por quase 20 anos, estando prestes a se aposentar na época de sua morte. 

O criminoso passou pouco mais de 31 anos no corredor da morte do Texas, um período quase tão longo quanto o máximo de tempo durante o qual algum prisioneiro aguardou por sua execução no estado norte-americano, que é 31 anos e 8 meses, segundo o site do governo da região. 

Ele foi morto através do uso de uma injeção letal de pentobarbital, tendo usado suas últimas palavras para enviar uma mensagem à família da vítima, e para se despedir dos outros presos de sua instituição penitenciária: 

Eu queria que a família Irby soubesse de uma coisa: eu realmente sinto remorso pelo que fiz. Eu rezo a Deus para que eles tenham alguma sensação de fechamento em relação a eu ter matado seu pai e o marido da Sra. Irby... Para todos os meus amigos que ficaram comigo durante todos esses anos, não vou dizer 'adeus', apenas dizer 'até mais'. Estou pronto para ir para o céu, diretor", afirmou. 

A viúva Maura Irby, que atua como enfermeira, foi entrevistada pela emissora ABC após o acontecimento, se revelando emocionada pela execução do assassino de seu marido: 

"Senti como se tivesse respirado o mais fundo que pude nos últimos 31 anos. Senti alegria", disse a mulher.  

O crime

Carl cumpria um regime de liberdade condicional (ou seja, semiaberto) quando cometeu o homicídio que lhe rendeu a pena capital. Seu histórico criminal incluía crimes violentos relacionados a drogas e uma agressão sexual cometida contra uma criança. 

Ele teve o veículo parado por James Irby enquanto transportava um carregamento de heroína no porta-malas. O infrator atirou três vezes, atingindo o policial de 37 anos no rosto e nas costas. 

Fotografia de James Irby / Crédito: Divulgação/ Vídeo/ Youtube/ KHOU 11

A seguir, disparou contra o motorista de outro carro na tentativa de sequestrar o automóvel para fugir da cena. Buntion não teve, no entanto, sucesso com esse furto, ao que, ainda tentando escapar da captura, fez um pedestre de refém e baleou outro oficial. O episódio terminou com sua prisão em flagrante, conforme repercutido pelo site Newsweek. 

Uma última tentativa dos advogados

Antes de o infrator ser executado, seus advogados tentaram apelar junto à Justiça dos EUA pela alteração de sua sentença da pena de morte para a perpétua. Eles argumentaram, por exemplo, que o homem havia apresentado um bom comportamento durante seus anos na prisão, e que, como já se tratava de um senhor idoso com problemas de mobilidade, Carl Buntion estava longe de apresentar perigo para outras pessoas. 

Tendo vivido sob uma sentença de morte por mais de três décadas em um estado que mantém seus prisioneiros no corredor da morte em confinamento solitário, Buntion foi punido em um grau superior ao infligido em qualquer outra pessoa fora de um número muito pequeno de prisioneiros no corredor da morte. Nenhum propósito legítimo para a pena de morte seria servido ao realizar sua execução", relataram eles em tribunal.