Episódio aconteceu em 2015 na Vila Planalto, em Brasília
A ex-presidente Dilma Rousseff é conhecida por seus passeios de bicicleta, que aconteciam inclusive no período em que governou o país, de janeiro de 2011 a agosto de 2016, quando sofreu um impeachment que colocou fim ao seu mandato.
Uma dessas pedaladas, porém, foi interrompida por um acidente que aconteceu com um ciclista no bairro da Vila Planalto, em Brasília, no dia 16 de setembro de 2015, como relatou o portal G1 na época.
Ainda presidente, Dilmainterrompeu a atividade para acompanhar o socorro do homem, que aproveitou o momento para fazer um pedido à então chefe do Brasil, enquanto aguardava a chegada do SAMU e dos bombeiros.
Quem estava ao chão quando a petista - que frequentava todas as manhãs de bicicleta pois eram ruas perto da residência oficial, o Palácio da Alvorada -, passou pelo local era o advogado Marcelo de Sá Mendes, “socorrido” por Rousseff.
Na época, o caso ganhou grande repercussão e Mendes foi entrevistado pelo portal para contar a experiência, agradecendo a política pela postura dela, que recebeu a solicitação do advogado para reabrir o autódromo de Brasília para o treinamento de ciclistas.
"Ela chegou, fez a volta, parou, perguntou se já tinham chamado o Samu e disse que pediu à equipe dela para acionar também. Então ela se dirigiu a mim e me perguntou como eu estava, o que eu estava sentindo”, contou Mendes ao G1.
“Falei que estava sentindo [dor em] a cabeça, o rosto, mas estava consciente e queria agradecer o gesto da senhora de parar aqui. É um ato digno, e eu agradeço a ela pela preocupação, ela poderia ter passado direto”, lembrou.
Ele também falou sobre o pedido a respeito do autódromo, visto que pratica a atividade desde 2011 e estava pedalando na região exatamente porque o local estava fechado para o público e, então, sofreu o acidente.
"Ela se interessou pelo tema [do autódromo]. Sempre achei sensacional [ela] pedalar no local que a gente pedala, já tínhamos dado 'bom dia' em outra ocasião”, revelou o advogado em entrevista.
“E [hoje] ela parar e, com todo protocolo de segurança que ela tem, ela ficar, mostrou esse lado [sensível] dela, agradeço, pelo cuidado, pela gentileza e até por quebrar protocolo de segurança. Ela se arriscou por uma questão de humanidade, e isso é elogiável", disse.
Mendes estava com um grupo de dez ciclistas e um técnico, que estavam pedalando na Vila Planalto por pensar que a região seria a mais segura da cidade para realizar esse tipo de atividade. O homem acabou atropelando um cachorro e caindo da bicicleta.
"É o que todo mundo quer, um espaço que dê para treinar. Falam em Brasília como capital do esporte, e é mesmo, tem uma infraestrutura boa para esporte, mas é preciso melhorar", afirmou.
"Tive uma queda muito feia, caí de rosto no chão, o cachorro saiu do nada, surgiu do nada. Ele se jogou na frente da bike. Meu treinador diz que, de alguma forma, ele avançou no meio da bicicleta. Eu não tinha como parar, até pela velocidade em que eu vinha. Acho que o grande ponto é a falta de espaço público para treinar; a gente não tem”, explicou.
Ele precisou ficar com o braço engessado por ao menos 30 dias e retornou ao hospital com risco de passar por cirurgia. O rosto ficou com leves ferimentos, o capacete foi arranhado e a luva foi rasgada. Mendes iria participar de uma competição no México 35 dias depois do acidente.
Confira a reportagem do SBT sobre o caso: