Para evitar que utilizem o nome dele para obter vantagens, Chico Xavier deu um código personalizado para três pessoas de sua confiança
Sendo o maior líder espiritual da história do Brasil, o médium Chico Xavier psicografou cartas de pessoas que já não compõem o plano material, confortando milhares de seguidores. Com suas primeiras visões aos quatro anos de idade, fez aos 17 anos sua primeira intervenção, quando amparou a irmã, considerada insana devido a uma obsessão espiritual.
Quando fez sua primeira psicografia, em 1931, Chico tinha apenas 21 anos. 19 anos depois, em 1950, Chico já havia psicografado cerca de cinquenta livros inteiros, apenas com os impulsos espirituais que recebia do plano superior. Tais feitos alavancaram sua exposição na mídia, chegando a ter uma música, composta e cantada por Fabio Junior.
Em 1994, com sua notória fama proveniente das previsões, Chico, aos 84 anos, não manifestava temer a morte, mas manifestava incômodo com a ideia de que seu espiritualismo poderia ser posto em prova caso o seu falecimento ocorresse. Sua ideia para combater qualquer descrença seria um registro escrito.
Chico deixou, em posse de sua família, uma carta codificada. Não revelou publicamente o que os códigos significavam, mas explicou que o código servia para o mesmo se identificar com maior segurança com alguém da Terra caso tivesse interesse em se comunicar depois de morto.
O código foi feito justamente para barrar qualquer ato de charlatanismo contra seus seguidores, especialmente elaborada para evitar qualquer ocasião onde se aproveitem do nome de Chico Xavier para falar que o mesmo está se comunicando com a Terra sem nenhuma comprovação.
Três pessoas próximas de Chico tiveram acesso ao código secreto: Kátia Maria, sua amiga e auxiliadora nas obras espirituais; Eurípedes Humberto Higino dos Reis, dentista que morou junto com Chico desde a infância e era tido como um filho adotivo; e Euripedes Tahan, médico e pessoa de confiança do médium.
Apenas essas três pessoas poderiam confirmar a comunicação de Chico, com cada uma delas recebendo uma carta personalizada. Kátia e Tahan, ao longo de suas vidas, foram consultados diversas vezes para confirmarem se o médium havia feito algum tipo de contato. Além de aguardarem um parecer do amigo, ambos fizeram diversas consultas em médiuns, sem sucesso.
Em a Globo em 2017, o Tahan afirmou que reconheceria o contato de Chico: “Se ele se comunicasse, eu teria certeza que saberia que é ele, porque tivemos um convívio por mais de 50 anos”. Kátia e Tahan faleceram em 2012 e 2017, respectivamente. Porém, o dentista Euripedes Humberto faz questão de manter a memória de Chico Xavier de maneira que respeite o código.
Ariston Santana Teles, por exemplo, foi um dos médiuns que tentaram personificar Chico após o seu falecimento. Mesmo ao chorar ao falar do filho adotivo e encarnar com certa frequência, Teles nunca psicografou nenhuma carta com Chico encarnado. Preferiu publicar um livro que vinha acompanhado de um CD, com cerca de uma hora de mensagens do espírito incorporado.
O filho, por sua vez, desacredita completamente de Ariston, visto que seu receio da psicografia se deve justamente ao fato de que Chico deixou essa carta codificada, e Ariston não escreve cartas por não saber o conteúdo presente no código. Além disso, em entrevista a Istoé, Eurípedes afirma que não há nenhum código do pai para psicofonia, pondo em prova a veracidade das mensagens contidas no CD.
Desde 2002, em sua morte, diversos outros casos de pessoas que afirmaram ter feito contato com Chico expuseram sua relação, porém, sem nenhuma confirmação. Sônia Barsante, presidente da Aliança Municipal Espírita, acredita que o médium não tem a necessidade de voltar ao plano carnal, visto que já cumpriu sua missão em vida.
“Não há necessidade de o Chico voltar num corpo físico, porque ele deixou a obra. Está aí para ser estudada e entendida. Algo que, na realidade, nem sequer foi assimilado. É uma obra que, para 500 anos, tenhamos tudo o que é importante para que nós melhoremos a nossa própria existência”, afirmou Sônia em entrevista ao G1, em 2017.
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Sementeira de Luz, Francisco Cândido Xavier, 2019 - https://amzn.to/320LOLk
Fonte viva, de Francisco Cândido Xavier, 2007 - https://amzn.to/2JBLOuN
Nosso Lar, Francisco Cândido Xavier, 2014 - https://amzn.to/2Wvz8ea
Missionários da luz, de Francisco Cândido Xavier, 2013 - https://amzn.to/34ddOMY
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