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Matérias / Personagem

Popeye: o capanga de Pablo Escobar que admitiu ter matado 250 pessoas

John Jairo Velásquez era um dos mais cruéis tenentes do Cartel de Medellín na década de 90; após a prisão, havia encontrado um hobbie insólito

Redação Publicado em 06/02/2020, às 15h38

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O capanga em uma de suas aparições midiáticas - Divulgação
O capanga em uma de suas aparições midiáticas - Divulgação

John Jairo Velásquez, mais conhecido como Popeye devido à semelhança, na juventude, com o famoso marinheiro dos desenhos animados, era um dos homens mais violentos do Cartel de Medellín e mão-direita de Pablo Escobar em seu auge.

Preso em 1992 pelos diversos e atrozes crimes que cometera enquanto líder dos sicários do Patrón, saiu em liberdade condicional em 2014 após ter cumprido três quintos de sua pena.

O crime organizado captura a imaginação da sociedade com facilidade. Livros e filmes como Poderoso Chefão e Scarface são aclamados pela crítica e pelo público. O apelo é tão grande que a Netflix fez uma de suas séries mais famosas e bem sucedidas, Narcos, sobre o assunto e começou justamente pela história de Pablo Escobar.

Mas, antes mesmo desse ressurgimento da figura de Escobar na mídia internacional, Popeye decidiu seguir uma carreira tão moderna quanto inusitada para alguém que outrora seguia tal linha de trabalho: para provar que estava se reinserindo na sociedade, criou um canal no YouTube chamado Popeye Arrepentido (Popeye Arrependido, em espanhol).

Nele, contava histórias dos crimes aterrorizantes que ele e o Cartel de Medellín cometeram, como o atentado a bomba num avião para matar um único passageiro (que nem sequer subiu no voo), um adversário político de Escobar. O próprio Popeye disse que matou aproximadamente 250 pessoas, inclusive uma namorada que ameaçou entregá-los para as autoridades. Isso sem contar os casos em que atuou indiretamente.

Sobre os vídeos, seu estilo envolvente trouxe acusações de que estaria fazendo apologia ao crime, mas, em entrevista ao jornal inglês The Guardian, disse que era só pra atrair o público. A estratégia funcionou: em pouco tempo, seu canal já contava com mais de 100.000 inscritos.

Ele também usou a plataforma para falar um pouco sobre assuntos atuais. Ao ser cutucado por um parlamentar venezuelano, postou o vídeo que seria o seu mais visto, chamado De Bandido a Bandido. Nele, faz comentários e críticas ao sistema de governo do país vizinho.

Falou, também, sobre Joaquín “El Chapo” Guzmán, mexicano que era um dos maiores traficantes do mundo e considerado o novo Pablo Escobar antes de pegar prisão perpétua nos EUA, algo atribuído por Popeye ao seu ego desmedido e falta de disciplina.

Como YouTuber, a interação com o público era essencial. Ele recebia e respondia comentários de pessoas diretamente envolvidas em seus crimes, como o irmão de um policial assassinado que perguntou se ele se encontraria com as famílias de suas vítimas. A resposta foi positiva, com Popeye dizendo que, de fato, precisava pedir perdão às pessoas a quem causou tanto mal.

Além de tudo, a declaração de que ele havia se reformado não durou muito. Em 2018, foi preso novamente, acusado de ameaças e extorsão tanto contra partidários de um partido político de esquerda quanto contra alguns de seus ex-associados do Cartel de Medellín.

Hoje, foi anunciado que o capanga de el patrón morreu como consequência de um câncer no esôfago. Popey estava internado desde 31 de dezembro na colômbia.


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