O caso chamou atenção após o trabalho rápido dos funcionário com a solicitação desesperadora
A agitada vida noturna em Nova York, uma das maiores cidades dos Estados Unidos, faz com que o local seja conhecido mundialmente pelas luzes em painéis e outdoors, grandes eventos e, principalmente, locais com funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Uma garçonete, identificada como Vita Alari, já estava adaptada com este estilo de vida, comumente recebendo pedidos durante a madrugada, inclusive com anotações específicas, como retirada de ingredientes e a solicitação de talheres através de aplicativos de delivery.
Contudo, durante o mês de junho de 2022, um pedido realizado por volta das 5h00 da manhã de um domingo contava com instruções nunca antes vistas pela funcionária; fora das convencionais requisições de alterações na disposição dos sanduíches, a descrição enviada pela usuária do aplicativo orientava a chamada de policiais no mesmo endereço da entrega.
“Por favor, ligue para a polícia, ele vai me ligar quando você entregar, venha com os lanches, por favor, não deixe isso óbvio”, descrevia a aba de acréscimos do pedido, vindo com diversos erros de ortografia, supostamente escrito durante a pressa ou desespero. Após ser “decifrado” pela funcionária, as orientações foram seguidas, como revelou ao The Washington Post.
Conforme solicitado, o restaurante preparou o pedido normalmente e enviou pouco depois, passando a situação para o serviço de emergência local em seguida. O sanduíche chegou antes da polícia, cuja abordagem foi registrada às 6h20 da manhã.
Por lá, deram de cara com um rapaz de extensa ficha criminal; Kemoy Royal já acumulava duas acusações de estupros, estrangulamento e outros crimes menores. A última tentativa de crime sexual, inclusive, ocorreu quatro dias antes do pedido da mulher, como registrou o Departamento de Polícia de Nova York.
Ainda naquele domingo, 19 de junho, ele foi preso pela equipe conduzida até a residência, que posteriormente agradeceu os funcionários do restaurante por entender o chamado. Ao Washington Post, Alari manifestou satisfação após auxiliar a cliente durante as agressões, ainda investigadas.
Estamos tão felizes que ela está bem. Estou feliz que estamos 24 horas e que ela tinha algum lugar para pedir ajuda. Não há mais muitos restaurantes [abertos a essa hora] onde ela poderia ter escrito aquela nota para salvá-la”, acrescentou.