Elizabeth Short sonhava em ser uma estrela de Hollywood; a fama, entretanto, veio de uma forma brutal e inesperada
Aquele 15 de janeiro de 1947 ficou marcado pela descoberta de um dos crimes mais brutais e misteriosos dos Estados Unidos. Era uma manhã fria em Leimert Park, Los Angeles, quando uma mulher encontrou um corpo humano mutilado em meio a um terreno baldio repleto de ervas daninhas.
A polícia, que rapidamente compareceu ao local, se deparou com uma cena chocante: o corpo nu de uma mulher estava cortado ao meio, seus membros apresentavam diversos cortes e seu rosto estava estraçalhado com um sorriso de orelha a orelha; a vítima: Elizabeth Short, de 23 anos.
Todos se perguntavam quem teria sido responsável por aquele homicídio tão macabro. As autoridades locais contaram com ajuda de detetives estaduais e federais para tentar solucionar o caso em pouco tempo.
Sem sucesso, apelaram para a mídia, que abraçou o episódio com tom sensacionalista, apelidando Elizabeth de Dália Negra. Apesar de muitas denúncias, confissões e cartas, nenhum suspeito foi encontrado. Não existiam evidencias suficientes para acusar ninguém. A perícia concluiu que Elizabeth havia sido amarrada e torturada por vários dias, e morta entre 9 e 15 daquele mês.
A investigação foi, aos poucos, se perdendo nas confusas pistas que seguiam. O que restou foram filmes, séries e músicas baseadas no assassinato. Foi criado um mito em torno do crime que até hoje, mais de 70 anos depois, está mais longe do que nunca de ser solucionado.
Elizabeth Short, a Dália Negra
O caso, que foi muito explorado ao longo de sete décadas, pouco apresenta um fator importante — e quase esquecido — por trás do homicídio: a jovem Elizabeth Short. Eternizada como Dália Negra, detalhes sobre a mulher morta de maneira cruel não são tão conhecidos quanto seu trágico fim.
Nascida em 1924, perto da cidade de Boston, Massachusetts, junto de seus pais e quatro irmãs, mudou-se algumas vezes até se estabelecer de vez em Medford. Nessa região ela passou grande parte da infância e início da adolescência.
Certo dia, misteriosamente, seu pai desapareceu. O carro foi encontrado abandonado em uma ponte, a família, então, acreditou que ele teria cometido suicídio, dado o fato que eles tinham perdido quase todo seu dinheiro com a quebra da bolsa de valores, de 1929.
Com os frequentes problemas de saúde que Short sofria, sua mãe a mandou para morar na Flórida, com alguns amigos da família, pensando que o clima ajudaria com sua condição médica — ela sofria de asma e já tinha passado por uma cirurgia pulmonar.
Mais de dez anos depois, em 1942, sua mãe recebeu uma carta que mudaria novamente sua vida. Por obra do destino, ou puramente azar, a mensagem levaria Elizabeth para onde ela viveria seus últimos anos.
A carta era de seu pai, que na verdade não havia morrido, mas sim decidido deixar tudo para trás e começar uma nova vida na Califórnia. Então, a menina foi morar com ele, aos 18 anos de idade. No entanto, pouco tempo depois, por conta das muitas brigas, ela decidiu sair da casa.
Vivendo com amigos na Santa Bárbara, um incidente com a polícia, a fez voltar para a Flórida — mas por um breve período. Lá conheceu Matthew Michael Gordon Jr., um major da Força Aérea do Exército.
A vida parecia, enfim, ter se estabilizado para Elizabeth, que aceitou o pedido de casamento de Gordon. O casal esperava a Segunda Guerra acabar para selar o matrimônio, porém, um acidente aéreo colocou um fim na vida de seu futuro marido; uma semana depois, o conflito mundial acabou com a rendição do Japão.
Desolada, em 1946, Short mudou-se de volta para Califórnia, queria começar de novo sua vida, assim como fizera seu pai. Seu grande sonho era virar uma estrela de Hollywood, enquanto isso não acontecia, trabalhava como garçonete para se sustentar.
Em 9 de janeiro de 1947, Elizabeth voltou para a casa após uma curta viagem com seu atual namorado. Ela pretendia encontrar a irmã, que estava de visita à cidade. O homem a deixou no Biltmore Hotel, onde testemunhas afirmaram, mais tarde, que ela utilizou o telefone e depois saiu do saguão.
Aquela seria a última vez que a jovem seria vista com vida. Quando a encontraram de novo ela já estava morta, mutilada, abandonada. Neste momento morreu Elizabeth Short, e nasceu Dália Negra.
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