Ocorrida em 2006, a turnê foi alvo de críticas de classes conservadoras e da Aliança Evangélica
Victória Gearini | @victoriagearini Publicado em 05/06/2021, às 09h00 - Atualizado em 19/11/2022, às 18h45
Em maio de 2006, a turnê Confessions, realizada pela famosa cantora Madonna, começou em Los Angeles, passando por toda a América do Norte, Reino Unido e Europa, antes de ser encerrada no Japão, em setembro daquele mesmo ano.
Na época, a Rainha do Pop escandalizou a sociedade ao aparecer em uma cruz durante as performances da música Live To Tell, conforme revelou a obra “Madonna: A Biografia Ilustrada”, de Marie Clayton.
Segundo a biografia da artista, mais de 400 figurinos foram utilizados pela cantora, dançarinos e outros músicos presentes na turnê. Na época, o renomado estilista Jean-Paul Gaultier foi um dos maiores responsáveis por criar e assinar as peças.
Um dos momentos mais emblemáticos e aguardados do show era a performance da música Live To Tell, em que a Rainha do Pop sempre apareceria utilizando uma coroa de espinhos, semelhante a que foi usada por Jesus Cristo.
Além disso, em todos os shows, no momento desta canção, a artista cantava enquanto estava “pregada” em um crucifixo. De acordo com a autora Marie Clayton, o objetivo de Madonna era fazer uma crítica social.
Enquanto ela cantava, era possível reparar em um telão que no fundo do palco, projetando mensagens sobre AIDS, desigualdade social, exploração em países de terceiro mundo e diversas outras questões sociais importantes.
Segundo a biografia ilustrada, na época, a artista foi alvo de intensas críticas, principalmente de classes conservadoras e religiosas. Por exemplo, a Aliança Evangélica teria dito: “Isso é completamente ofensivo. É um abuso a maneira como a Madonna usa imagens cristãs e isso é perigoso”.
Sem palavras com a apresentação, Bento XVI ameaçou excomungar Madonna. Dois anos depois, em 2008, ela dedicou 'Like a Virgin' para o Papa: "Dedico esta música ao papa, porque sou uma filha de Deus".
Por outro lado, o canal ABC News chegou a noticiar que os shows da estrela pop esgotaram em questão de pouquíssimo tempo. Além disso, eram repletos de ação e performances teatrais.
Já o jornal britânico Daily Star classificou a seção de Disco como brilhante e reforçou o impacto da artista. “Com muita energia, ela fez o que sabe fazer de melhor — deu o melhor de si e dançou freneticamente acompanhada por dançarinos de patins”.