Nas últimas semanas, uma jovem chamou atenção de internautas ao teorizar ser Madeleine McCann
Nas últimas semanas, o caso Madeleine McCann voltou à tona entre internautas. Tudo começou quando uma jovem polonesa chamada Julia criou a conta @iammadeleinemcann. Através do Instagram, ela reuniu supostas evidências de que seria a garotinha que desapareceu em 2007, representando um dos maiores mistérios da era contemporânea.
Ao publicar imagens que fazem comparações entre ela e os pais de Madeleine, além de relatos sobre sua infância, Julia conseguiu mais de 1 milhão de seguidores na conta, que agora se encontra desativada.
"Primeira razão; Não me lembro da maior parte da minha infância, mas minha memória mais antiga é muito forte e é sobre férias em um lugar quente onde havia praia e edifícios bracos ou muito claros com apartamentos", escreveu ela na legenda de um post. "Lembro que vi tartarugas na praia era a pequena baía, pelo que me lembro, vi tartarugas naquela época e havia outras crianças e elas tentavam tocar nas tartarugas pequenas. Não vejo minha família nesta memória", acrescentou Julia em uma das primeiras publicações.
Se tornando assunto entre internautas, Julia conseguiu o aval dos McCann para fazer um exame de DNA, no entanto, esse tópico segue sem atualizações. Ao mesmo tempo, ela também foi procurada pela família de Livia Schepp, que desapareceu em 2011. Os familiares pediram para que Julia fizesse um teste de DNA. Enquanto muitos apontavam supostas semelhanças entre Madeleine e Julia, muitos comparavam a jovem com Livia.
"Nos comunicamos com um parente de Lívia que perguntou se Júliaestá disposta a fazer um teste de DNA porque a família só quer ter certeza de que ela não é Lívia”, explicou Johanssonao Radar. "No momento, eles estão analisando todas as possibilidades. E nós dissemos que sim, adoraríamos".
No entanto, a última atualização sobre a busca por respostas de Julia foi divulgada em 7 de março. Após os pais da jovem se recusarem a fazer um exame de DNA, ela passou a procurar respostas sobre o seu passado. Julia levantou a suspeita de que o homem que a teria molestado no passado tem ligação com Martin Rey, um conhecido serial killer alemão.
Com o auxílio da investigadora Fia Johansson, a dupla passou a vasculhar documentos judiciais e registros de hospitais, segundo repercutido pelo Radar Online. A dupla agora a suspeita que o homem que a agrediu no passado teria ligações com o serial killer Martin Rey. Todavia, se trata apenas de uma suspeita. Até o fechamento da reportagem, nada foi confirmado.
"Achamos que o estuprador de Julia pode ser um parente de Martin Ney – ou um irmão mais velho porque eles são parecidos, mas, novamente, não temos certeza enquanto aguardamos nossa investigação", disse Johansson ao Radar Online.
"Estamos esperando que os tribunais nos forneçam todas as evidências sobre o homem que estuprou Julia", explicou Fia Johansson. "Existe a possibilidade de que ele esteja ligado a Martin Ney – mas não temos 100% de certeza".
Martin matou três crianças e molestou 40 delas de 1992 até 2011, segundo resgatado pelo Radar. Durante as violações, ele contava com uma máscara preta e tinha como alvo crianças que em escolas, acampamentos de verão e hospitais. Ney, inclusive, foi um dos suspeitos no caso McCann, no entanto, foi inocentado. Atualmente, ele cumpre prisão perpétua.
Enquanto não existem novas informações sobre o exame de DNA com os pais de Madeleine, um investigador que participou das buscas pela garotinha no passado deu sua opinião sobre os relatos de Julia.
Francisco Marco comparou características físicas entre a polonesa e Madeleine, todavia, não acredita na teoria divulgada por Julia. "Fiz uma pesquisa biométrica e não há semelhança com as feições de Madeleine", explicou ele à rede de rádio RAC 1. Ao mesmo tempo, o investigador enfatizou que: "Posso achar que é uma fraude, mas não posso dizer sem provas”.
Além disso, os familiares da jovem polonesa também desmentem as suposições de que ela seria a filha raptada dos McCann. De acordo com o que foi divulgado pelo Daily Star e Mirror, a família alegou que tentou ajudá-la com tratamento psicológico.
"Para nós, como família, é claro que Julia é nossa filha, neta, irmã, sobrinha, prima e sobrinha adotiva. Temos memórias, temos fotos. Júlia também tem essas fotos, porque as tirou da casa da família junto com a certidão de nascimento, além de inúmeras altas hospitalares", destacou o comunicado repercutido pelos sites.
Sempre tentamos entender todas as situações que sentimos com Julia. Numerosas terapias, remédios, psicólogos e psiquiatras - Julia tinha tudo garantido", acrescentaram.