Sofrendo de uma atrofia muscular raríssima, o rapaz fez sucesso nos Estados Unidos na caravana circense de P. T. Barnum
Nascido em 1841 no Estado de Massachussets, nos Estados Unidos, o jovem Isaac W. Sprague cresceu de maneira saudável durante toda infância, frequentando a escola e realizando exercícios físicos regulares. Com um peso considerável saudável até os 12 anos, o estadunidense passou a apresentar diversos sintomas estranhos ao entrar na puberdade.
Enquanto praticava natação, Isaac reclamou de câimbra durante o nado e paralisou seus movimentos. Internado, o garoto perdeu uma parcela significativa de seu peso num curto período de tempo. O diagnóstico era de atrofia muscular progressiva extrema, condição que faria o jovem perder de maneira gradativa seu tecido muscular, porém, nunca explicada para o rapaz em vida.
Antes de sua doença progredir, Isaac conseguiu concluir uma parcela de seus estudos e passou a trabalhar em diversos empregos, sempre mudando de empresa por problemas em relação a suas condições físicas. Quando a condição evoluiu, a ponto de inabilitar o jovem, passou a viver unicamente com os pais, sem uma fonte de renda.
A ida ao circo
Em 1865, após diversas recusas em trabalhos convencionais, o jovem recebeu uma proposta de um circo para se apresentar como “o homem mais magro do mundo”. Inicialmente, ainda procurou outras ofertas de vagas, sem sucesso, restando apenas a proposta circense. Durante um ano, o homem foi uma atração secundária em um parque regional.
Em 1866, foi notado pelo lendário showman P. T. Barnum, que na época reinaugurava o American Museum, uma casa de freak shows e atividades educativas localizada na Broadway. O historiador Marc Hartzman explica no livro ‘American Sideshow’ que a magreza de Isaac chamava atenção até de Barnum, que era popularmente conhecido como o “rei das deformidades”.
Junto do showman, o homem magro passou a ser apresentado nacionalmente como “O Esqueleto Vivo”, revertendo sua imagem em cartas, fotografias e cartazes. Ganhando US$ 80 por semana, Isaac ganhou notoriedade com a encenação fictícia de um casamento com a “mulher mais gorda do mundo”, também recrutada por P. T. Barnum.
Sem condições de continuar
Um episódio quase fez o jovem desistir das apresentações; em 1868, o American Museum pegou fogo e Isaac, presente no momento do incêndio, quase saiu sem vida. Aterrorizado com o ocorrido, Barnum ofereceu um desligamento temporário ao funcionário, até que o mesmo se acalmasse. Nesse meio tempo, o homem magro casou-se com uma moça, chamada Tamar Moore.
Isaac até tentou reestabelecer a vida longe dos palcos, mas não conseguiu emprego. Obrigado a retomar as apresentações para sustentar a família, o homem chegava a ter de carregar um frasco contendo leite para repor com constância os nutrientes do corpo. Além de evitar uma possível inanição, diminuía a tontura e retomava sua consciência.
Apesar da enfermidade, ainda conseguiu ter três filhos, que não herdaram a condição física do pai. Em sua última medição, aos 44 anos, o circense pesava menos de 20 quilos, tendo 1,65 metros de altura. Morreu vítima de uma asfixia em 5 de janeiro de 1887, em Chicago, sem conseguir amparar a família financeiramente.
Fonte: History Collection.
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