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Matérias / Mundo

A inusitada história do crime que foi solucionado graças a um pato

A polícia norte-americana já investigava o caso fazia dois anos, mas apenas conseguiu finalizá-lo após uma curiosa interferência animal

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/05/2022, às 08h00

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Fotografia meramente ilustrativa - Divulgação/ Pixabay/ Elsemagriet
Fotografia meramente ilustrativa - Divulgação/ Pixabay/ Elsemagriet

No último dia 14 de abril, um grupo de policiais da Carolina do Norte finalmente foi capaz de finalizar uma investigação iniciada em dezembro de 2020.

Até recentemente, eles tinham palpites a respeito do que havia acontecido, mas nenhuma prova concreta forte o suficiente, se encontrando, portanto, no que parecia ser um beco sem saída.

A situação mudou completamente após a descoberta de uma evidência determinante. E, de forma peculiar, pode-se dizer que o sucesso dos oficiais apenas foi possível devido a uma intervenção inesperada do reino animal. 

Nellie Sullivan, uma senhora na casa dos 90 anos de idade, havia sido dada como desaparecida como dezembro de 2020, porém, conforme repercutido pela revista People, desde o princípio o caso dela havia sido encarado como "suspeito" pelo departamento de polícia local. 

Havia a crença de que aquele não era um simples desaparecimento, a mulher na verdade havia sido vítima de um assassinato. 

Os acusados

Pouco tempo mais tarde, a neta de SullivanAngela Wamsley, de 46, assim como seu marido, Mark Barnes, 50, foram acusados de uma série de crimes: posse de canabinóides sintéticos, posse de arma de fogo (que era proibida para o homem devido a seu já existente histórico criminal), maltrato e abandono de animais. 

Eles também foram posteriormente acusados por terem ocultado a morte de Nellie, uma vez que não contataram as autoridades a respeito do sumiço da senhora, porém continuaram recolhendo as prescrições de medicamentos recebidas por ela, e supostamente ainda teriam roubado de sua conta bancária. 

Em 2021, o par teve mais problemas com a lei, sendo acusado de posse ilegal de substância controlada, além do tráfico de heroína e ópio

Dada a situação, os policiais encarregados de descobrir onde estava Sullivan tinham o casal como principal suspeito de seu suposto assassinato. Faltava, contudo, uma peça fundamental para que a conexão entre a dupla e o crime pudesse ser feita: o corpo.  

O pato herói

A princípio, a ave que permitiu que o caso chegasse à sua conclusão não possuía nada a ver com a investigação criminal. O pato era simplesmente um animal de estimação de uma família da Carolina do Norte. 

Contudo, naquele dia de 14 de abril, o bicho levou seus donos a chamarem a polícia. Isso pois ele havia escapado de casa, e, em seguida, iniciado uma fuga. 

Os oficiais vieram para perseguir a ave, que se escondeu embaixo de um trailer, e, no processo, acabaram encontrando, para sua total surpresa, um contâiner que escondia o cadáver de Nellie Sullivan

Imagem meramente ilustrativa de trailers estacionados / Crédito: Divulgação/ Pixabay/ bmacmolly

O desdobramento inusitado da investigação foi comentado pelo sargento Mark Walker em uma entrevista ao WLOS News 13, um canal televisivo local:

Se eu pudesse dar uma medalha a esse pato, eu daria", afirmou o homem, ainda segundo repercutido pela People. 

Agora, o próximo passo das autoridades é descobrir quando e como a senhora foi assassinada. Seu avançado estado de putrefação, todavia, sugere que façam anos. 

Enquanto isso, Angela Wamsley e Mark Barnes enfrentam acusações de homicídio, que foram feitas na quarta-feira passada, 21.