Com o passar dos anos, as bandeiras do país sofreram diversas mudanças, muitas encabeçadas por Muammar Gaddafi
A bandeira atual da Líbia foi adotada após a revolução de 2011, na qual o ditador Muammar Gaddafifoi morto. É a mesma do Reino da Líbia, a primeira versão independente do país, que durou entre 1951 e 1969. O crescente no preto é o símbolo dos senussis, um grupo religioso que havia enfrentado as forças colonialistas e ao qual pertencia o primeiro e único rei do país, Idris.
A bandeira anterior havia sido adotada por Gaddafi em 1977, quando mudou o nome da República Popular da Líbia para Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia. “Jamahiriya” é um termo que ele inventou, querendo dizer algo como “governo das massas”.
O verde vem de seu Livro Verde, em que explicava suas ideias sobre um novo socialismo para o Terceiro Mundo. Bandeiras planas têm uma longa história no Islã, com os exércitos do profeta usando simples panos pretos, e a dinastia Fatimida, do século 10, adotando o verde. Antes de 1977, vigorou a bandeira da Federação das Repúblicas Árabes, uma tentativa de Gaddafi de unificar Líbia, Egito e Síria, em 1972. Não colou.
A primeira bandeira revolucionária do regime Gaddafi, de 1969, era igual, mas sem o brasão. A Líbia nunca foi independente antes de 1951. Ela passou por uma longa lista de colonizadores, dos antigos egípcios a califados islâmicos e o Império Britânico.
A primeira tentativa de independência — então da Itália — aconteceu em 1917, com a fundação da República da Tripolitânia, com a não exatamente inspirada bandeira ao lado. Só duraria até 1922, sem nunca dominar realmente o território.