Conheça o desfecho sangrento do plano elaborado por um jovem endividado
O Wah Mee era um clube frequentado por pessoas ricas que gostavam de apostar em jogos de azar de alto risco. O local ficava em Chinatown, distrito da cidade norte-americana de Seattle. Já faz algumas décadas, todavia, que o local está fechado.
O incidente que levou ao fechamento de Wah Mee não teve nada de ordinário, como irregularidades fiscais ou falência: o motivo pelo qual o clube precisou parar de funcionar foi um massacre brutal que deixou 14 vítimas fatais.
O estabelecimento possuía então cerca de 60 anos de história, abrindo às portas no início dos anos 20, e só se mantendo aos longos dos anos por conta do suborno de policiais, uma vez que os jogos praticados no local eram proibidos.
O tiroteio
O crime que levou ao fim de um dos mais famosos clubes de Chinatown foi motivado por uma dívida de jogo.
Kwan Fai Mak, também conhecido como Willie, tinha 22 anos de idade e era filho de imigrantes chineses. O rapaz trabalhava em um dos clubes da região, e ao arriscar sua sorte teve resultados que o deixaram extremamente endividado.
Para tentar pagar o que devia o jovem sino-americano elaborou um plano perigoso. Decidiu assaltar o Wah Mee. Para tanto, chamou outros dois conhecidos: o primeiro deles era Benjamin, um colega de escola que já havia se envolvido com atividades criminosas no passado. Já o segundo era Wai-Chiu, que também era chinês-americano, e trabalhava no restaurante da família.
O trio invadiu o histórico clube na noite de 18 de fevereiro de 1983, munidos de armas de fogo e fios de náilon. Eles amarraram e roubaram 15 vítimas. Se tudo tivesse parado aí, todavia, esse não teria sido um massacre.
Porém, em seguida, Mak e Benjamin abriram fogo contra os clientes do Wah Mee que haviam acabado de roubar. Em meio à confusão, uma das vítimas conseguiu se desamarrar e fugir. Seu nome era Wai Chin, ele tinha 62 anos e era um traficante de um jogo de apostas que utilizava o dominó chinês.
Após o episódio
O senhor que sobreviveu ao tiroteio foi capaz de identificar todos os três jovens assaltantes, que passaram por julgamentos fortemente cobertos pela imprensa da época. Mak e Benjamin foram presos poucas horas após o crime, sendo ambos condenados à prisão perpétua por conta dos assassinatos pelos quais haviam sido responsáveis.
Já Wai-Chiu passou quase dois anos completos foragido, escondendo-se na Chinatown do Canadá. Posteriormente, foi localizado e extraditado de volta para os Estados Unidos, porém como não atirou em ninguém durante o assalto, foi considerado culpado apenas por roubo e agressão.
Assim, o terceiro jovem também recebeu pena perpétua, porém a sua tinha a possibilidade de mudar para o regime de liberdade condicional, em que o preso começa a poder deixar a cadeia de vez em quando. A despeito disso, em todas as cinco vezes que o sino-americano buscou sua condicional, ela lhe foi negada pelo tribunal. Ele foi afinal liberado em 2014, e imediatamente deportado para Hong Kong.