O Naufrágio do Titan: Além da premonição, coincidências assustadoras cercam um dos maiores acidentes marítimos de todos os tempos
Todos conhecem a história do Titanic, o navio britânico que naufragou em sua viagem inaugural e acabou sendo responsável pela morte de centenas de pessoas. A narrativa ficou ainda mais famosa depois que Leonardo Di Caprio protagonizou o filme homônimo baseado na tragédia.
Com a direção de James Cameron, o longa conquistou 11 estatuetas do Oscar – incluindo melhor filme e melhor diretor – e ainda possui uma das maiores bilheterias da história do cinema.
No entanto, uma das maiores curiosidades sobre o caso é desconhecida de grande parte do público. E não, não estamos falando do porquê a Rose não abrigou o Jack em seu destroço do barco que ficou a deriva no meio do Atlântico Norte.
14 anos antes do acidente, em 1898, o escritor Morgan Robertson lançou o conto Futility, or the Wreck of the Titan – que no Brasil foi publicado pela editora Vermelho Marinho com o nome de Futilidade ou o Naufrágio do Titan – no qual relata a história do transatlântico Titan que afunda no Atlântico Norte depois de bater em um iceberg.
Tá, mais é só isso? Claro que não, as coincidências estão só começando.
Se não bastasse o enredo premonitório, algumas características das embarcações são praticamente iguais. A primeira entre as coincidências é o nome do capitão, nas duas ocasiões ele se chama Smith. O mês em que os acidentes aconteceram também é o mesmo, em abril.
Outros detalhes técnicos também são bem próximos uns dos outros, como comprimento do navio, velocidade em que ele navegava, número de botes e compartimentos à prova d’água, até mesmo o número de vítimas são parecidos.
A diferença entre os enredos é com o que aconteceu no pós-acidente. No livro, depois de sobreviver à colisão, o ex-oficial da Marinha Inglesa John Rowland passa por uma série de aventuras, inclusive lutando com um temeroso urso polar. Bem, talvez nessa parte o autor possa ter sonhado demais. O que justifica a obra só ganhar notoriedade após o naufrágio do navio verdadeiro.
Mas será que nenhuma outra pessoa escreveu um enredo parecido? Em 1892, o jornalista inglês William Thomas Stead seguiu os mesmo passos da história, que ganhou o nome de “From the Old World to the New”, mas nessa versão o barco que se chama Magestic recolhe os sobreviventes de outro navio que havia colidido com o iceberg. Vinte anos depois, ele partiu da Inglaterra para um congresso de Paz nos Estados Unidos, mal sabia que embarcara em sua última viagem. Ele estava à bordo do Titanic.
O último caso de coincidência envolvendo o acidente marítimo mais conhecido da história aconteceu em 1935. Nesse ano, o cargueiro Titanian transportava carvão da Inglaterra para o Canadá. O marinheiro responsável pela vigia era William Reeves.
À medida que o barco se aproximava do local que o Titanic afundou, Reves disse ter um pressentimento que deveria mandar parar o barco. De início, ele hesitou, mas se lembrou que nasceu no mesmo dia que o Titanic afundou e com isso mandou parar o barco. Tal ato evitou uma colisão da embarcação com icebergs que estavam mais adiante do trajeto. Coincidência?
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