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Matérias / Personagem

Maçã podre? Quando Steve Jobs foi demitido da Apple

O fundador, apesar de ser um excelente marqueteiro, era um líder rígido que incomodava os funcionários da empresa

Wallacy Ferrari Publicado em 29/02/2020, às 10h00

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Steve Jobs - Getty Images
Steve Jobs - Getty Images

Em 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak se uniam para montar a Apple Computers. Sem experiência em administração, as ideias da dupla logo precisaram ser intermediadas por alguém que pudesse gerir uma empresa em ascensão de maneira que aproveite seu potencial. Assim, Mike Markkula, um dos primeiros investidores e funcionários da Apple indicou Michael Scott para o cargo de CEO. Em 1981, Scott saiu, com o próprio Markkula o substituindo.

Com o crescimento notável da empresa, Jobs foi pessoalmente recrutar John Sculley para o cargo de CEO, em 1983, que na época era presidente da Pepsi. Sculley afirma que Jobs o convenceu com a seguinte frase: “Você quer vender água açucarada pelo resto da vida? Ou quer vir comigo e mudar o mundo?”. No ano seguinte, a Apple impressionava o mercado da computação pessoal com o lançamento do Macintosh.

Porém, sua fama de pessoa difícil incomodava os funcionários da Apple, que não tinham prazos tão curtos e nem um tratamento tão ríspido em outras empresas. Para piorar, talentos que estavam insatisfeitos na Apple começaram a ser recrutados por empresas do Vale do Silício, incluindo a IBM, que na época liderava o mercado. O estopim foi o lançamento do Apple Lisa, que apesar de ser um computador a frente de seu tempo, fracassou comercialmente.

Jobs, Sculley e Wosniak em evento de lançamento do Apple Lisa - Créditos: Getty Images

Sculley, que já tinha experiência com gestores cabeça dura, tirou Jobs da direção dos produtos da linha Macintosh, prezando pelo bem da equipe. Steve, por sua vez, ficou extremamente ofendido e reclamou com o conselho de diretores e acionistas da empresa. Só não esperava que o conselho já houvesse discutido essa medida e apoiava Sculley. Jobs então começou a articular um plano para derrubar o CEO, mas foi delatado.

Há duas versões sobre sua saída: a de Sculley, que diz que Jobs saiu simplesmente em uma conversa sobre o preço do Macintosh; e a de Jobs, que afirmou que a cúpula, composta por outros cinco homens da diretoria, o expulsou da empresa que havia fundado. De acordo com Jobs, havia pessoas almejando suas ideias e a versão de Sculley era apenas para não assustar o mercado. Os cinco homens confirmaram a versão de Steve posteriormente.

Jobs disse, em um discurso na Universidade de Stanford, em 2005, que não soube o que fazer após a demissão. “Senti que havia decepcionado a geração anterior de empreendedores, que havia deixado cair o bastão enquanto ele era passado para mim”, disse o fundador. Depois de sua saída, montou a empresa de computação NeXT, que fez sucesso comercial entre desenvolvedores iniciantes, e a Pixar, empresa de animação, comprada pela Disney em 2006.

Em 1996, com a Apple passando por uma crise de imagem, graças a mudança de foco na linha de computadores pessoais e produtos portáteis, a NeXT foi comprada pela própria Apple, por 429 milhões de dólares, com Steve Jobs liderando a negociação. Tal ação reacendeu as ações da Apple, graças a volta de Steve Jobs a empresa que ele fundou. No ano seguinte, se tornou CEO da Apple e, durante sua liderança, fez a marca se tornar a mais valiosa do mundo.


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