Andando com cachorros enfurecidos e torturando prisioneiros de guerra, Grese cometeu crimes brutais no campo de concentração de Belsen
Desde o enlouquecido Dr. Josef Mengele até o cruel ministro da propaganda Joseph Goebbels. Todos os capangas de Hitler se tornaram sinônimos de extrema maldade. Entre todas as figuras selvagens que emergiam da Alemanha nazista, uma das mais bestiais é a de Irma Grese, que cometeu crimes brutais, até mesmo entre seus compatriotas nazistas.
Nascimento e a perda de sua mãe
Irma Grase foi uma dos cinco filhos de um leiteiro filiado ao Partido dos Trabalhadores Alemães Nacional-Socialistas. Aos 13 anos viu sua mãe cometer suicídio - descobriu que estava sendo traída com a filha de um dono de bar local.
Além da perda de sua progenitora, Helene, uma de suas irmãs, relatou que a jovem foi muito maltratada na escola e não teve coragem de se defender. Incapaz de resistir aos tormentos educacionais, ela abandonou o ensino quando tinha 15 anos.
Seu grande sonho era participar da Bund Deutscher Mädel (Liga da Juventude Feminina Alemã), da qual seu pai era totalmente contra. Para ganhar dinheiro, trabalhou em uma fazenda, numa loja e por dois anos em um sanatório da SS — organização paramilitar ligada ao partido nazista e a Adolf Hitler — no qual tentou, sem êxito, se formar como enfermeira.
O começo do envolvimento com o nazismo
Assim como muitos jovens, aos 18 anos foi consumida pelo discurso de Hitler, e acabou se voluntariando para treinamento no campo de Ravensbruck. O novo emprego gerou revolta por parte de seu pai, que a expulsou de casa.
Um ano depois, ela foi transferida para Auschwitz, o maior campo de extermínio. Nazista leal, dedicada e obediente, rapidamente ascendeu ao posto de supervisora sênior da SS — o segundo mais alto que poderia ser concedido às mulheres.
Atrocidades da Cadela de Belsen
Com tanta autoridade, Irma Grese poderia desencadear uma torrente de sadismo letal sobre seus prisioneiros. Embora seja difícil verificar todos os abusos tramados por ela, estudiosos, como a escritora Wendy Lower, autora de As Mulheres do Nazismo (publicado no Brasil pela editora Rocco), apontam que muito do que foi escrito sobre mulheres nazista é obscurecido pelo sexismo e estereótipos. Embora ninguém discorde que o apelido de A Cadela de Belsen fosse totalmente merecido.
Em seu livro de memórias Os Fornos de Hitler (publicado pelo selo Critica, da Editora Planeta), a sobrevivente de Auschwitz, Olga Lengyel, descreve que Grease teve diversos casos com outros nazistas, incluindo Mengele. Quando chegava a hora de selecionar mulheres para a câmara de gás, tinha predileção pelas mais belas prisioneiras, devido ao seu intenso ciúmes e despeito.
A pesquisa da professora Wendy Adele-Marie Sarti, intitulado Women and Nazis: Perpetrators of Genocide and Other Crimes During Hitler's Regime, revela que Grese tinha o gosto doentio por golpear mulheres em seus seios e forçava garotas judias a serem suas vigias enquanto ela estuprava outros reclusos.
Além disso, ela atiçava cachorros com chutes e chicoteadas para que eles se tornassem agressivos e atacassem os prisioneiros. Alguns relatos disponíveis na Biblioteca Virtual Judaica revelam que Grese tinha abajures feitos com a pele de três prisioneiros mortos.
Julgamento e condenação
Na primavera de 1945, os britânicos prenderam Grese e, juntamente com outros 45 nazistas, ela foi acusada de crimes de guerra. Apesar de se declarar inocente, o testemunho de sobreviventes a condenaram à morte. Em 13 de dezembro daquele ano, ela foi enforcada, com apenas 22 anos. Suas últimas palavras ao carrasco foram Schnell (Rápido).
Irma Grace foi a pessoa mais jovem a ser enforcada pela lei britânica durante o século 20. Eric Brow, aviador naval britânico e fluente em alemão, foi responsável por diversos interrogatórios a criminosos nazistas no Julgamento de Nuremberg. Eric a descreveu como “o pior ser humano que já conheceu”.
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