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Matérias / Personagem

Gengis Khan: A fúria continental dos mongóis

Líder do canato da Mongólia, Khan foi responsável por uma brutal e sanguinária expansão que chegou da Hungria à China

André Nogueira Publicado em 13/03/2020, às 08h00

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Gengis Khan foi imperador dos mongóis e foi retratado de formas diversas, como nesta gravura - Getty Images
Gengis Khan foi imperador dos mongóis e foi retratado de formas diversas, como nesta gravura - Getty Images

Gengis Khan (1162-1227) foi um dos mais controversos imperadores que o mundo já presenciou. Conquistando a maior parte da Ásia, seu império entrou para a História, por sua velocidade de expansão e crueldade na guerra. Khan foi o nome mais famoso entre os antigos mongóis, sendo hoje uma das figuras centrais da identidade da Mongólia-nação.

Ele nasceu com o nome Temujin, e era filho do então líder dos mongóis Qabul Khan, que foi responsável pela expansão do império até a Grande Muralha da China.

Cresceu com uma sofisticada educação familiar, inclusive para a guerra, o que possibilitou que, quando assumiu o lugar do pai aos treze anos, pudesse derrotar os keraites e ganhasse o título, que significa “imperador universal”.

Genghis Khan sentado em seu trono com sua esposa numa tenda em escrito da Pérsia, século 15 / Crédito: Getty Images

Na época, passou a ser conhecido Gengis Khan sem grande hesitação popular, e então passou a se dedicar à conquista de novos territórios. Passou a ser visto como uma máquina de guerra da Mongólia, principalmente pela cavalaria disciplinada e pelas brutalidades sanguinárias em campo (os mongóis se especializaram em decapitação com espada enquanto se cavalga, além do arco).

Como consequência, dominou os tártaros, saqueou a China e, finalmente, ocupou Beijin em 1214. As suas tropas também devastaram a Rússia e a Pérsia, chegando até a atual Hungria. Na época, o período foi visto como uma "era de glória" de uma civilização que começou com um povo praticamente irrelevante para a geopolítica continental - eram considerados apenas um grupo de nômades saqueadores que viviam cavalgando nas planícies centrais da Ásia.

Representação do século 14 / Crédito: Wikimedia Commons

Com a morte de Gengis Khan, o exército perdera sua principal razão de vitória. As Hordas Mongóis se tornaram dependentes da capacidade estratégica de seu cã, que manteve a unificação dos mongóis até onde pôde. Apesar da criação de Ogodei, pouco tempo depois de sua morte, o Canato Mongol começou a se esfarelar, e as conquistas do filho na Indochina e na Sibéria não foram de longa vida.

Khan foi responsável pela unificação da Ásia, antes dividida entre diversos grupos regionais (além da China, claro), o Canato foi responsável por integrar as estepes centrais, o Oriente Médio e as províncias chinesas e, com isso, a região do Extremo Oriente, que era ignorada pelos europeus, passou a ter relevância no diálogo entre Ásia e a Europa cristã.


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