Conheça fases importantes dessa história milenar
Por um período de 2 mil anos, a China Dinástica viu a criação das principais riquezas técnicas e culturais do país, como a escrita, o papel e a porcelana.
Confira abaixo!
Muito do que é o território chinês atual foi unificado nessa época. Com a mão de obra gratuita de quem tem boa parte do povo escravizado, o país construiu palácios suntuosos e iniciou as obras monumentais da Muralha da China, que impressiona o mundo inteiro até hoje. Nessa fase, os chineses inventaram calendários lunares, um sistema de escrita e unidades de medida.
Nasciam nessa fase o papel e a porcelana. E a primeira rota de comércio terrestre com o Ocidente foi aberta: a Rota da Seda. O período foi dividido entre as dinastias Han do Oeste e Han do Leste. Quando o imperador Qin morreu, em 210 a.C., sua dinastia foi extinta e, após uma breve guerra civil, uma nova Dinastia Han ascendeu.
Época marcada pela ascensão do budismo e também por vários governos imperando ao mesmo tempo. Entre 220 e 280, o chamado período dos Três Reinos, os domínios feudais voltaram. As dinastias Jin do Oeste e Jin do Leste vigoraram de 265 a 420; as do Sul (Song, Qi, Liang e Chen), entre 420 e 588; e as do Norte (Wei, Qi e hou), entre 386 a 588.
A família Sui consegue o poder e reunifica a China. Mas os altos impostos e o trabalho compulsório criaram revoltas por todo o país, enfraquecido por uma desastrosa campanha contra a Coreia. Nessa época, foi ampliado o Grande Canal, o maior rio artificial do mundo, com 1,8 mil quilômetros, e a Muralha da China foi reconstruída.
Um dos períodos mais prósperos da época feudal chinesa, a Dinastia Tang viu crescer intensamente a agricultura, o comércio, a siderurgia, a literatura, a arte e as construções navais. O governo relacionou-se com vizinhos, como Japão, Coreia, Índia e Pérsia. Mas as rebeliões camponesas continuaram, culminando com o novo império de Huang, em 875, que seria logo dissolvido.
Cinco dinastias nasceram e morreram nesse período, e a China permaneceu fragmentada em dez estados. Além de ver um país tendo de lidar com a desunião, o período é relatado pelos historiadores como anárquico e dirigido por governos corruptos. O Norte foi afetado por inundações e escassez de comida, causadas pelo rompimento de barragens do Grande Canal. Um desastre que arrasou a população.
Foi quando a porcelana atingiu seu maior grau de sofisticação, e as indústrias criaram uma nova classe social, a mercantilista. A Dinastia Song, que unificou novamente a China, foi dividida em duas fases, a Song do Norte (960-1127) e a do Sul (1127-1279). Essa dinastia concentrou o poder nas mãos do imperador e desenvolveu as cidades também como pontos comerciais.
Em 1279, pela primeira vez o país foi completamente dominado por estrangeiros. Inovações como a impressão e a porcelana chegaram à Europa com o desenvolvimento da navegação chinesa. No vaivém do poder, com o declínio da Dinastia Song, Kublai Khan difundiu o domínio mongol que começara com seu avô, Gengis Khan.
A rivalidade entre os mongóis colaborou para o início dessa dinastia. O Grande Canal foi expandido e a Cidade Proibida, construída. Numa nação rica e com 100 milhões de habitantes, surgiram os vasos ming, que seriam colecionados pelos reis da Europa. A navegação se desenvolveu a ponto de ter chegado à América.
A última dinastia começou com a tomada de Pequim por nômades tártaros da Manchúria. No século 19, já com mais de 400 milhões de habitantes, o país passou a sofrer com a venda de ópio dos ingleses a seus habitantes, o que levou a China à Guerra do Ópio contra a Inglaterra. Em 1911, uma revolta popular derrubou o último Ching, o imperador-menino Puyi, iniciando o período republicano. Era o fim das dinastias chinesas.