Neste dia, em 1948, o líder caiu em desgraça ao se deparar com um ex-seguidor
Mahatma Gandhi foi uma das figuras mais notáveis na história da humanidade. Muitas vezes controverso, ele defendia a liberdade por meio da não-violência, de modo que, após sua morte, passou a ser considerado o "Pai da Nação Indiana".
Contudo, o grande líder caiu em desgraça ao ser assassinado pelo nacionalista hindu Nathuram Godse, um 'ex-seguidor'.
Trajetória do líder
Mohandas Karamchand Gandhi nasceu no dia 2 de outubro de 1869 na cidade de Porbandar, na Índia. Casou-se aos 13 anos com Kasturbai, que também tinha a mesma idade. Cinco anos depois, foi para a Inglaterra estudar Direito.
Contudo, a virada em sua vida se deu em 1893, quando Mahatma Gandhi foi chamado à África do Sul para defender uma empresa indiana num processo jurídico.
Percebeu durante a viagem de trem que o racismo por parte dos ingleses contra não brancos era tão forte como ocorria na Índia, uma vez que os países eram colônias britânicas. Na ocasião, o líder foi jogado para fora do transporte por se recusar a sair da primeira classe, exclusiva para brancos.
Com o tempo voltou-se à vida espiritual e política, lutando contra inúmeras injustiças sociais. Assim, em 1906, já pai de quatro filhos, Gandhi fez um voto celibatário com a finalidade de promover o autoconhecimento e a aproximação de Deus.
Nessa época, o indiano criou a doutrina do satyagraha (força da verdade), a qual tinha como base se recusar a seguir leis injustas a partir da desobediência civil, mas sempre por meio da não-violência.
No entanto, segundo a escritora e ativista indiana Arundhati Roy, “a doutrina da não violência de Gandhi camuflou a ideia da aceitação de uma das formas mais brutais de hierarquia social: a casta”.
E prosseguiu: “O maior equívoco que existe é que Gandhi lutou contra o sistema de castas. Isso não é verdade. Ele sempre disse que era o ponto mais genial de toda a civilização hindu”. O apoio de Mahatma ao sistema de castas é, certamente, uma das maiores polêmicas a ele relacionadas.
A morte
No dia 30 de janeiro de 1948, Mahatma Gandhi subia as escadas da mansão Casa Birla, em Nova Delhi, onde estava hospedado. Eram 17h, quando ele se deparou com o último degrau e caminhou em direção a um pátio da residência.
Entretanto, o que ninguém imaginava era que um ex-seguidor chamado Nathuram Godse dispararia três tiros contra o líder, acertando-o no peito.
O assassino não concordava com parte das ideias políticas de Gandhi, o que teria motivado o crime. A principal dessas ideias que desagradavam a Godse era o compromisso que Mahatma tinha de reconciliar a paz entre hindus e muçulmanos, apoiando o envio de recursos para que os paquistaneses resistissem durante a primeira disputa pela Caxemira.
Gandhi acabou morrendo logo depois em seu quarto, que mais tarde se tornaria um monumento em sua homenagem. Ele foi cremado e parte de suas cinzas foi depositada no rio Ganges.
Assim, o líder foi transformado numa lenda, uma espécie de mártir para seus seguidores, sendo até hoje lembrado de seus feitos.
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