Digno de um ataque terrorista, o ato instaurou uma ditadura brutal no país
Em 1970, o Chile atraiu as atenções do mundo quando uma singularidade histórica ocorreu: um socialista convicto subiu ao poder, através de eleições democráticas. Salvador Allende assumiu o governo do Chile com grande apoio popular, defendendo o socialismo democrático.
Seu governo foi marcado por nacionalizações, expropriações legalmente garantidas e pela defesa dos mais pobres. Em plena Guerra Fria, num momento em ocorriam golpes militares anticomunistas na América, Allende tornou-se alvo. Forças golpistas, incluindo um núcleo conservador das Forças Armadas e o intervencionismo estadunidense, queriam a cabeça do socialista.
E foi o que aconteceu. Oficiais da Marinha e do Exército, com apoio financeiro da CIA e suporte das Forças Armadas dos EUA, e grupos terroristas de extrema-direita se aliaram para a derrubada do Presidente, membro do Partido Socialista (alinhado à Unidade Popular).
O golpe ocorreu em 11 de setembro de 1973 e o maior nome desse movimento foi Augusto Pinochet, que se declararia presidente com o sucesso e também seria responsável por uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina.
O mais curioso, pensando na data em que o episódio ocorreu, é que o ataque ao governo eleito foi digno de um atentado terrorista, mas não é lembrado como tal. O Exército Chileno, com suporte dos EUA, bombardeou o Palácio de La Moneda, sede do governo, e invadiu o edifício em destruição para retirar o presidente.
A junta liderada por Pinochet, então, foi atrás de Allende. E depois de disparos, o embrionário ditador declarou a morte do presidente, levantando suspeitas. O discurso oficial dos golpistas era de suicídio, com um tiro na cabeça usando o rifle AK-47, presente de Fidel Castro a Allende. No entanto, por muito tempo, muitos acreditaram que sua morte foi um caso de assassinato.
Foi somente em 2011, com uma perícia técnica, que foi comprovada a tese do suicídio, já reconhecida pela família do socialista: Allende sabia que, depois do golpe, a humilhação e a violência do Estado chegariam facilmente nele. Por isso, optou pelo fim da vida.
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