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Matérias / História

De governantes a artistas: Confira 5 sepulturas famosas que não foram descobertas

Mesmo que algumas figuras conquistassem grande notoriedade ao longo da história, às vezes seus sepultamentos se perdem para sempre; confira!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 07/08/2024, às 20h00 - Atualizado em 09/08/2024, às 09h18

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Alexandre, o Grande, Leonardo da Vinci e Vlad III, o Empalador - Domínio Público via Wikimedia Commons / Getty Images
Alexandre, o Grande, Leonardo da Vinci e Vlad III, o Empalador - Domínio Público via Wikimedia Commons / Getty Images

No mundo da arqueologia, as sepulturas compreendem um tipo bastante significativo de achado. Como é de se esperar, nem todas pertencem a pessoas que entraram para a História, no entanto, é valioso entender como as pessoas viviam há séculos ou milênios.

Através das sepulturas, por exemplo, é possível compreender ritos funerários de determinadas culturas.  Geralmente, quando são descobertos sepultamentos em grandes tumbas funerárias — logo, mais fáceis de se encontrar —, se associam principalmente a famílias e pessoas de maior riqueza ou poder nas sociedades em que viviam, o que lhes permitia um recinto "mais digno" para o pós-vida. Porém, muitos sepultamentos de figuras históricas permanecem como um mistério. Confira!

1. Quéops

Grande Pirâmide de Gizé / Crédito: Foto por Caldeira pelo Wikimedia Commons

Em 2566 a.C., falecia no Império Antigo do Egito o grande faraó Quéops, o segundo da IV Dinastia. Como já sabemos, os egípcios valorizavam tanto os enterros, que os faraós recebiam, inclusive, pirâmides como sepulturas. Entre as que se destacam, podemos citar a Pirâmide de Quéops, também chamada de Grande Pirâmide de Gizé.

Por um lado, não é um mistério: ali, sob os 139 metros daquela enorme pirâmide, jaz os restos mortais de Quéops, mas, até hoje, o corpo do faraó não foi localizado. Varreduras utilizando tecnologias mais modernas até revelaram um túnel escondido no interior da pirâmide, mas não há evidência de que seja uma passagem para a tumba.


2. Alexandre, o Grande

Mosaico representando Alexandre, o Grande / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

É impossível falar de tumbas perdidas sem mencionar o local de descanso de Alexandre, o Grande. Ao longo de seus 32 anos, ele liderou o antigo reino grego da Macedônia, e foi um dos maiores líderes militares da Antiguidade, expandindo seu domínio dos Bálcãs, no sudeste da Europa, até o atual Paquistão; de parte da Ásia ao nordeste da África; da Grécia ao Egito e à Índia.

Conforme o Live Science, quando Alexandre estava a caminho de conquistar ainda mais regiões, adoeceu na região da Babilônia — possivelmente contraindo malária ou febre tifoide —, e faleceu em 323 a.C.

Ele teve seu corpo transportado de lá para o Egito, onde foi enterrado, e depois transferido duas vezes para túmulos diferentes em Alexandria, que, nos séculos 4 e 5 d.C., foi destruída, tornando o local da sepultura um verdadeiro mistério até hoje.


3. Cleópatra e Marco Antônio

'A Morte de Cleópatra', de German Von Bohm / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Cleópatra VII Filopator, a última rainha do Egito, possui sua história entrelaçada à do general romano Marco Antônio. Ele foi amigo de Júlio César quando amante de Cleópatra, e apoiou o legítimo herdeiro de César, Otaviano (mais tarde Augusto), que se rebelou contra ele, buscando manter o Egito como parte de Roma, o que culminou na Batalha do Ácio em 31 a.C.

Essa batalha levou à derrota de Cleópatra e Marco Antônio. A rainha egípcia, diante da possibilidade de perder seu reino, tirou a própria vida em Alexandria, em 30 a.C. Já Marco Antônio, após saber da morte de sua amada, teria se matado com sua espada. Muitos acreditam que os dois foram enterrados juntos, mas o sepultamento nunca foi descoberto.

Em "Rainha Cleópatra", série documental da Netflix, a professora de estudos africanos da Universidade de Hamilton, em Nova York, Shelley P. Haley, disse acreditar na teoria que Cleópatra teria sido cremada.

"A missão de arqueólogos de investigar e achar a tumba de Cleópatra, é fútil. Otaviano não ia permitir uma tumba com os restos da Cleópatra e Marco Antônio. Isso se tornaria um ponto central de rebelião, e não era comum que os romanos mumificassem corpos. Eles não mumificavam, eles cremavam", afirmou ela na produção.


4. Vlad, o Empalador

Príncipe Vlad, o Empalador / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Considerado um herói nacional da Romênia, Vlad III Drakul foi governante da Valáquia no século 15, lutando pela independência da região dos turco-otomanos. Graças ao seu método de execução, além da grande crueldade que mostrava ter contra seus inimigos, ficou  conhecido como "Vlad, o Empalador" — e também é a inspiração original para o vampiro Drácula. Até hoje, seu local de descanso também permanece um mistério, explica o Live Science.

+ O curioso parentesco entre o rei Charles III e o 'verdadeiro' Drácula


5. Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci / Crédito: Getty Images

Leonardo da Vinci, um dos símbolos do renascimento e responsável por obras icônicas, como: 'Mona Lisa', 'A Última Ceia' e 'Salvator Mundi', encerra a lista.

Ele foi um grande artista, cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico, e morreu em 1519, na França. Na época, foi enterrado em uma igreja no castelo de Amboise, no Vale do Loire, que acabou danificado durante a Revolução Francesa. Em 1802, acabou demolido e, com isso, os restos mortais de Leonardo da Vinci foram perdidos.

Em 1863, ossos que seriam do gênio foram descobertos e inseridos numa nova tumba, localizada na capela de São Humberto, próximo ao castelo em questão. A veracidade, contudo, divide especialistas.

Em 2016, cientistas da Itália informaram que traçaram a linhagem de descendentes do irmão de da Vinci. A última novidade é de 2019, quando foi dito que os profissionais analisariam fios de cabelo atribuídos ao artista visando resolver o mistério.