De Washington Luís a Vargas: não foram poucas as figuras políticas que se envolveram em relações extraconjugais
5. Domitila de Castro, a Marquesa de Santos
Dom Pedro I não foi, de longe, o mais fiel dos homens. Inúmeros foram os casos de traição que abalaram a vida de sua esposa e imperatriz consorte, Maria Leopoldina da Áustria, mas nenhum caso do marido a afetou tanto quanto o envolvimento dele com a Marquesa de Santos.
Isso porque ao lado de Domitila, o imperador teve uma filha na qual reconheceu a sua paternidade, mesmo estando casado. Além disso, chegou a oferecer a amante como dama de companhia da própria mulher.
O declínio da saúde da imperatriz Leopoldina foi popularmente creditada a relação infiel de seu marido com a marquesa, e depois de sua morte muitas pessoas acreditavam que Domitila teria envenenado a mulher de Pedro, causando grande abalo político no reinado do imperador.
4. Elvira Vishi Maurich
Washington Luís, então presidente do país, era casado com Sofia Pais de Barros. Os dois tiveram quatro filhos, Florinda, Rafael Luís, Caio Luís e Vítor Luís, no entanto, isso não foi suficiente para que Washington fosse fiel à Sofia.
Na época, o presidente passou a ter um caso com a marquesa italiana Elvira Vishi Maurich. Todavia, o envolvimento foi marcado por um episódio trágico. Certa noite, em 1928, enquanto estava num de seus encontros picantes com Elvira no luxuoso Copacabana Palace, um desentendimento entre os dois fez com que a amante de 28 anos apontasse uma arma contra Washington, o acertando no estômago.
Como era de se esperar, o caso foi acobertado e Washington Luís teria passado por cirurgia após uma grave crise de apendicite. Depois de um tempo, as autoridades anunciaram que a jovem foi encontrada morta apenas quatro dias. De acordo com as investigações, ela teria cometido suicídio.
3. Marisa Tupinambá
O embaixador brasileiro na Inglaterra, Roberto Campos, era uma figura notória na política do Brasil, especialmente por ter sido Ministro do Planejamento e presidente do BNDES. Campos tinha um caso com Marisa Tupinambá, que ganhou um cargo na embaixada brasileira em Paris, e recebia uma mesada da empreiteira Odebrecht.
Enquanto estavam no Brasil, os amantes marcaram de se encontrar logo antes de Roberto voltar para a Europa — do quarto do hotel iria direto para o aeroporto. No entanto, o que ele não contava era que Tupinambá cobraria pelas comissões que deveria ter ganhado por sua intermediação em transações milionárias, remunerações essas prometidas pelo ex-ministro.
Enfurecida, Marisa esfaqueou o homem e o deixou sangrando no quarto do hotel. Campos conseguiu ser levado até o pronto-socorro, mas sua identidade não foi protegida. Rapidamente, a história criada para encobrir o caso foi a de que Roberto teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio. Isso, inclusive, acobertou qualquer ação contra a mulher.
2. Aimeé Lopes
A frente do Estado Novo, Getúlio Vargas passou o longo período ao lado de sua esposa, Darcy Vargas. O tirano, entretanto, era perdidamente apaixonado por sua amante, Aimeé Lopes, que era mulher de seu chefe de gabinete, Luis Simões Lopes.
A amante decidiu não dar continuidade ao caso, já que corria sérios riscos de ter a própria reputação manchada e os boatos sobre a relação entre os dois começou a se espalhar rapidamente — isso levou, inclusive, ao término do casamento de Aimeé e Luis.
1. Miriam Dutra
A jornalista da TV Globo, Miriam Dutra, esteve envolvida em uma polêmica onde ela teria, supostamente, tido um filho com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2009, FHC teria ido até a Espanha para reconhecer a paternidade da criança, algo que ele mesmo confirmou mesmo após dois testes de paternidade terem negado que eles tenham vínculos biológicos. Mas a polêmica não acabou nesse episódio.
De acordo com Dutra, a Globo teria mantido a jornalista propositalmente na Europa como correspondente internacional para afastar qualquer polêmica maior — mesmo depois de ela ter deixado de fazer parte do telejornalismo da emissora.
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