A famosa Faraó ainda chama atenção de todos que conhecem a sua história — marcada por inúmeras dúvidas
A rainha Cleópatra foi, sem dúvidas, uma das figuras mais importantes e poderosas do mundo antigo. Conhecida por sua inteligência, a rainha ainda hoje fascina uma legião de pessoas ao redor do mundo.
No entanto, existe uma série de enigmas envolvendo a faraó, além de afirmações que ainda sobrevivem no imaginário popular, mas que não condizem com as mais recentes descobertas dos pesquisadores. Assim, separamos alguns enigmas sobre a mais poderosa rainha do Egito.
Devido à influência das grandes produções de Hollywood no imaginário das pessoas, a imagem que muitos têm de Cleópatra é a de uma mulher branca com traços finos e caucasianos. No entanto, sabe-se que a rainha era mestiça e possuía sangue grego, egípcio e macedônio, os quais eram povos muito miscigenados.
Por isso, a verdadeira cor de Cleópatra é um dos maiores enigmas relacionados à Rainha do Nilo. Para algumas pessoas, por ter sangue egípcio, ela seria negra, enquanto para outros, devido a sua origem grega, ela seria branca. Mesmo entre os pesquisadores há divergência de pensamentos.
Mas a polêmica não se restringe apenas ao mundo da historiografia. Recentemente foi anunciado que a atriz Gal Gadot, uma mulher branca, interpretaria Cleópatra em um novo filme sobre a faraó dirigido por Patty Jenkins. A escolha não agradou a muitas pessoas, que esperavam por uma atriz negra no papel.
Cleópatra sempre foi interpretada no cinema por atrizes lindas como Vivian Leigh e Elizabeth Taylor. No entanto, a rainha em nada se pareceria com as atrizes de Hollywood. A partir de uma pesquisa realizada pela egiptóloga Sally-Ann Ashton, da Universidade de Cambridge, foi possível concluir que a faraó tinha um grande nariz, queixo pontudo e lábios finos.
Para realizar sua pesquisa, Ashton utilizou moedas e bustos antigos, os quais representavam a rainha sempre com as características anteriormente descritas.
A faraó morreu em 30 a.C., quando cometeu suicídio junto ao marido Marco Antônio, uma vez que foram encurralados pelas forças do Imperador Otávio, em Alexandria. No entanto, por muito tempo a maneira como ela tirou a própria vida foi um grande enigma.
De acordo com a narrativa mais famosa, Cleópatra teria sido picada por uma serpente que ela mesma teria adquirido. No entanto, o mais provável é que ela tenha se espetado com um alfinete que escondia em pente de cabelo, o qual continha um veneno letal. Segundo o historiador Christoph Schäfer, da Universidade de Trier: "Considerando os sintomas, foi uma mistura de acônito, uma planta tóxica, cicuta e ópio."
Ainda hoje, a localização da tumba da rainha permanece um mistério. No entanto, os egiptólogos possuem algumas hipóteses. O Conselho Supremo de Antiguidades acredita que ela está dentro de um templo em Taposíris Magna, localizada a 30 quilômetros de Alexandria.
Em 2009, foram realizadas escavações no local, mas a famosa tumba não foi encontrada. Apenas pequenos artefatos foram revelados, como 200 moedas com o rosto de Cleópatra.
A descoberta de múmias que viveram no mesmo período em que Cleópatra, no entanto, é um fato que anima os pesquisadores. Segundo eles, os corpos podem ajudar a montar uma linha do tempo sobre o ocorrido.
Apesar de nunca ter revelado nenhuma resposta concreta, o local continua sendo o foco dos especialistas. O mistério foi abordado recentemente no documentário de televisão intitulado Cleópatra: Sex, Lies and Secrets (2020). Na produção exibida pelo canal Science Channel, arqueólogos apontam para a possibilidade de que o corpo de Cleópatra e seu amado estejam realmente em Taposiris Magna.
"No Egito, às margens do delta do Nilo, uma enorme escavação arqueológica está em andamento, enquanto especialistas buscam a tumba da faraó mais famosa do Egito [...] Construídos há mais de 2 mil anos, os terrenos de Taposiris Magna estão repletos de passagens e túmulos ocultos”, revelou o Science Channel.
+Saiba mais sobre a última faraó do Egito através de importantes obras
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As memórias de Cleópatra: A filha de Ísis, Margaret George, 2002 - https://amzn.to/2Mi3xcl
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