Neste dia, em 1947, o casamento de Elizabeth II e Philip entrava para a História
Rainha mais longeva da história do Reino Unido, Elizabeth II foi um marco na história da Inglaterra e um dos principais personagens do mundo nas últimas décadas. Apesar de sua morte no último dia 8 de setembro, aos 96 anos, a monarca deixou um grande legado e uma vida repleta de episódios memoráveis.
Com Elizabeth II na principal função dentro da família real, cada um de seus passos era seguido de perto pela mídia e por 'devotos' da monarquia britânica. Um dos momentos mais grandiosos de sua vida, aliás, completa 75 anos neste domingo, 20.
Afinal, em 20 de novembro de 1947, Sua Majestade Real se casava com o tenente da Marinha Real britânica Philip Mountbatten em uma cerimônia realizada na Abadia de Westminster. O casal ficou junto até os últimos dias de vida de Philip, que faleceu aos 99 anos em 9 de abril de 2021.
O site oficial da família real já separou uma série de curiosidades da cerimônia. Confira algumas delas!
Elizabeth e Philip se conheceram em 1934, no casamento da princesa Maria da Grécia e Dinamarca. Os dois anunciaram o noivado oficialmente em 9 de julho de 1947, com a cerimônia ocorrendo quatro meses depois, no dia 20 de novembro.
Até então princesa, Elizabeth foi o décimo membro da família real a se casar na Abadia de Westminster — sendo o primeiro deles ocorrido em 11 de novembro de 1100, quando o rei Henrique I oficializou a união com a princesa Matilda da Escócia.
No dia do casamento, Elizabeth teve oito damas de honra: incluindo a princesa Margaret, sua irmã. Além do mais, membros da realeza estrangeira também compareceram ao evento, como o rei do Iraque e o Grão-Duque Herdeiro do Luxemburgo.
Duas mil pessoas foram convidadas para a cerimônia, gravada e transmitida pela BBC Radio para 200 milhões de espectadores em todo o mundo.
A aliança de casamento foi feita de uma pepita de ouro galês oriunda da mina de Clogau St David, no norte do país. Já o anel de noivado de platina e diamantes foi feito pelo joalheiro Philip Antrobus, que usou pedras preciosas de uma tiara pertencente à mãe de Philip, a princesa Alice de Battenberg.
O vestido de Elizabeth foi desenhado por Sir Norman Hartnell, que se inspirou na obra ‘A Primavera’, de Sandro Botticelli. Um fato curioso é que, devido às medidas de racionamento em vigor após a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth teve de usar cupons de desconto para pagar por seu vestido — decorado com cristais e 10.000 pérolas importadas dos Estados Unidos.
Estima-se que Elizabeth e Philip receberam mais de 2.500 presentes de casamento de pessoas de todo o mundo, além de cerca de 10 mil telegramas de felicitações. Mahatma Gandhi, por exemplo, enviou um pedaço de renda de algodão que ele mesmo fiou e continha as palavras bordadas ‘Jai Hindi’ (algo como ‘Vitória para a Índia’).
Havia presentes também como uma estante de livros, uma caixa de piquenique, uma máquina de costura Singer a até mesmo uma geladeira. Todos eles foram expostos no St. James’s Palace, onde o público poderia visitá-los.
Outro ponto curioso do evento diz respeito ao bolo de casamento. Ou melhor, aos bolos, visto que os recém-casados receberam 11 deles, sendo que apenas um foi encomendado de fato pela confeitaria McVitie and Price.
O bolo em questão foi feito com ingredientes de todo o mundo, o que incluía açúcar da Girl Guides in Austrália, uma organização nacional de capacitação de jovens mulheres. O bolo tinha cerca de três metros de altura dividido em quatro camadas.
A princesa Elizabeth e o príncipe Philip passaram a noite de núpcias em Broadlands, Reino Unido, na casa do tio de Philip, Earl Mountbatten. Na manhã seguinte, viajaram de trem para Hampshire, junto da companhia de Susan, a corgi de estimação da princesa.
O resto da lua de mel foi gasto em Birkhall, em Balmoral, na Escócia. Curiosamente, quando veio a falecer, a rainha Elizabeth II também estava na mesma cidade escocesa, no Castelo de Balmoral.