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Matérias / Ciência

As criaturas que estão vivendo nas profundezas do gelo na Antártica

Em fevereiro, um iceberg com o dobro do tamanho de Berlim se desprendeu do manto de gelo da Antártica e revelou informações importantes sobre a biodiversidade local

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/03/2021, às 17h14

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Biodiversidade estudada na Antártica - Divulgação/Alfred-Wegener-Institut
Biodiversidade estudada na Antártica - Divulgação/Alfred-Wegener-Institut

Segundo previsões da agência oficial de meteorologia do Reino Unido, o planeta Terra poderá bater um recorde de aquecimento global nos próximos anos. No ano passado, a temperatura global subiu um grau Celsius, como relatou o UOL.

É possível que as temperaturas médias do planeta fiquem entre 1,15 a 1,46 grau Celsius acima do que estavam durante o período pré-industrial da Terra entre 2020 e 2024. As consequências disso são drásticas.

Em setembro de 2020, o Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC), responsável pelas medições climáticas da Universidade de Colorado Boulder, nos EUA, registrou que, na época, a calota polar do Ártico no Hemisfério Norte registrava uma área de 3,74 milhões km², sua segunda menor área desde o início dos registros, que começaram há 42 anos. 

Já neste ano, em fevereiro, um iceberg com o dobro do tamanho de Berlim se desprendeu do manto de gelo da Antártica, tendo aproximadamente 1.270 quilômetros quadrados.

O iceberg / Crédito: Divulgação/Alfred-Wegener-Institut

Em um comunicado, pesquisadores do Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Polar e Marinha (AWI) em Bremerhaven, Alemanha, que é responsável pela missão Polarstern, que investiga o iceberg, deram detalhes sobre o acontecimento. 

“Icebergs desse tamanho só se separam cerca de uma vez a cada 10 anos na Antártica. Suas contrapartes menores se libertam com mais frequência: a neve cai e é comprimida em grossas camadas de gelo, que deslizam lentamente ao longo do continente em direção ao mar”, explicaram os cientistas.

Investigando o iceberg

A Ministra Federal de Pesquisa da Alemanha, Anja Karliczek, afirmou: “A pesquisa dá uma contribuição decisiva para uma melhor compreensão e previsão das mudanças climáticas e suas consequências para o nosso planeta. Precisamos desse conhecimento para sermos capazes de tomar contra-medidas eficazes contra as mudanças climáticas”.

Biodiversidade no fundo do mar / Crédito: Divulgação/Alfred-Wegener-Institut

Além de ajudar a entender os efeitos das mudanças climáticas na Antártica que a ministra considera “preocupantes”, o projeto também pôde estudar a vida que estava escondida no fundo do mar há mais de 50 anos. 

O navio de pesquisa alemão Polarstern foi responsável por registrar inúmeras fotos e vídeos das criaturas que estavam vivendo nas profundezas do gelo, além de resgatar amostras de sedimentos marítimos.

Os pesquisadores afirmaram que “espera-se que as amostras de sedimento coletadas forneçam percepções mais detalhadas sobre o ecossistema, enquanto uma análise geoquímica das amostras de água coletadas permitirá tirar conclusões sobre o conteúdo de nutrientes e as correntes oceânicas”.

Biodiversidade no fundo do mar / Crédito: Divulgação/Alfred-Wegener-Institut

Entre uma impressionante biodiversidade escondida, estavam inúmeros animais como moluscos, estrelas do mar, duas espécies de lula, cinco espécies de peixes, pepinos do mar, entre outras criaturas vivendo a mais ou menos 30 km abaixo da superfície.

Segundo os cientistas, a maior parte desses animais se alimenta de restos de alga ou de partículas orgânicas transportadas com o gelo. No entanto, mais pesquisas serão necessárias para entender de fato a forma de alimentação dessas espécies. 

“A equipe de pesquisa em águas profundas observou vários organismos que se estabeleceram em pedras de vários tamanhos, cercados por uma paisagem de lama. As pedras vêm do continente Antártico e são transportadas para o oceano por geleiras”, escreveram.


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